sábado, 16 de outubro de 2010

MOÇAMBIQUE - AGRICULTURA - PRODUÇÃO E ESCOAMENTO SÃO PRIORIDADES

"Guebuza considera comercialização pedra angular para o aumento da produção e produtividade agrícola

16/10/2010. O presidente Armando Guebuza definiu como prioridade para o sector agrícola em Moçambique a melhoria do sistema de comercialização, por constituir uma das condições principais para o aumento da produção e produtividade.Segundo Guebuza, os camponeses dificilmente poderão incrementar as suas áreas de cultivo e aumentar a produção senão tiverem uma garantia de escoamento dos produtos, daí que se deve apostar no sistema de comercialização agrícola. Guebuza falava hoje no povoado de Ngomane, cerca de 30 quilómetros da vila sede do distrito de Massinga, na província de Inhambane, durante a cerimónia oficial de lançamento da Campanha Agrícola 2010/2011. “Produzir, nós sabemos. Podemos também saber como aumentar a produtividade, mas o nosso principal problema é a comercialização. Para aumentar a produção, a população deve ter a certeza de que esta produção vai ser comprada ”, disse o estadista moçambicano, exortando a todos os intervenientes do sector no sentido de tudo fazer para que o escoamento da produção agrícola deixe de constituir problema. Depois de enumerar uma série de realizações na campanha agrícola 2008/2009, que influenciaram para o registo de resultados encorajadores, Guebuza disse ser necessário persistir para que o país vença a fome e pobreza.Não obstante os progressos registados na campanha anterior, Guebuza insistiu que há muitos desafios por alcançar, entre os quais a produtividade e a necessidade de levar a sociedade a assumir que a “Revolução Verde” é tarefa de todos. “Continuaremos deste modo a promover o financiamento da agricultura, envolvendo agentes de crédito e micro-finanças em toda a cadeia de valor; continuaremos a realizar a investigação, a formação, a reabilitação e construção de infra-estruturas de energia e de telecomunicações bem como de estradas, pontes e outras de apoio à produção, comercialização e distribuição de insumos; também continuaremos a promover a geração da riqueza nacional através de exportação, divulgando o selo ‘Made in Mozambique’ em mais quadrante do mundo”, disse Guebuza. O lançamento da campanha agrícola, coincide com Dia Mundial de Alimentação, que este ano se celebra sob lema “Unidos Contra a Fome.O lema foi escolhido como forma de sensibilizar os países e governos a unir os esforços para combater a fome, porque, segundo a FAO, mais de um bilião de pessoas no mundo vivem situação de fome crónica, das quais 350 mil encontram-se em Moçambique. No caso de Moçambique, as adversidades naturais como seca, tempestades, entre outros males, são alguns dos factores que concorrem para a ameaça insegurança alimentar. Durante a campanha anterior, por exemplo, pelo menos 55 distritos das zonas centro e sul do país foram afectados pela irregularidade de chuvas, contribuindo para a redução da produção global em cerca de 13 por cento. Outras das prioridades para a campanha hoje lançada, segundo o Ministério moçambicano da Agricultura, têm a ver com a disponibilização de semente de milho melhorada de ciclo curto, feijão, hortícolas diversas, trigo, batata-reno bem como material de propagação vegetativa de mandioca e ramas de batata doce. A aposta inclui ainda a disponibilização de motobombas e motocultivadoras, vacinação de galinhas contra a “Newcastle”, vacinação obrigatória de gado bovino, suíno e caprino e distribuição de medicamentos e drogas para banhos carracicidas. A cerimonia do lançamento da presente campanha também foi marcada por plantio de árvores nos arredores da vila sede da Massinga, exposição agro-pecuária bem como actividades culturais e recreativa. Na ocasião, foram premiados alguns produtores e técnicos do sector agrário da província de Inhambane, que se destacaram durante a campanha agrícola passada nas suas tarefas, permitindo que houvesse o incremento da produção nesta parcela do país.
Guebuza chegou a Massinga Sexta-feira, tendo percorrido de carro os mais de 500 quilómetros que separa a capital moçambicana ao distrito de Massinga. (RM/AIM)" Fonte Rádio Moçambique

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