sábado, 23 de outubro de 2010

MOÇAMBIQUE - ENSINO POLITÉCNICO

"Províncias vão ter institutos politécnicos. O GOVERNO vai continuar a apostar na expansão do Ensino Superior público no país através da abertura de institutos politécnicos com vista a suprir a baixa taxa de escolarização bruta naquele nível quando comparada com a dos outros países da região. Maputo, Sábado, 23 de Outubro de 2010:: Notícias . A aposta foi dada a conhecer na última quinta-feira em Nampula pelo Vice-Ministro da Educação, Arlindo Chilundo, à margem de uma reunião com os reitores e directores das instituições de Ensino Superior públicas e privadas implantada na região norte do país, com o objectivo de debater a nova proposta da política de financiamento do sector.Actualmente, de acordo com o governante, a taxa de participação de estudantes ao nível do Ensino Superior no país situa-se em 3,7 porcento em cada mil habitantes com idades para frequentar aquele nível. Esta percentagem, conforme referiu, é muito baixa quando comparada com as dos outros países da África Sub-Sahariana, que está entre 5 e 6 porcento. Na vizinha África do Sul a mesma situa-se na ordem de 15 porcento em cada mil cidadãos. “O Estado está empenhado na expansão do Ensino Superior, apesar das dificuldades financeiras, apostando em politécnicas em todas as províncias onde ainda não existem, nomeadamente Nampula, Cabo Delgado, Niassa, Sofala, Maputo e Zambézia, pois entendemos que é uma das formas de contribuirmos muito rapidamente para o desenvolvimento socio-económico do nosso país”, disse Arlindo Chilundo.Com a abertura deste tipo de estabelecimentos de ensino, de acordo com Chilundo, o Governo tem como objectivo final formar técnicos que saibam fazer. No entanto, indicou que para que a expansão desejada seja sustentável é necessário rever os mecanismos de financiamento pois, conforme assinalou, tenciona-se que haja indexação entre o endossamento de capitais ao desempenho destas instituições que devem graduar mais com qualidade por forma a libertar mais vagas para mais cidadãos entrarem no sistema.Falando do encontro havido com os reitores e directores das instituições do Ensino Superior público e privado do norte do país, o vice-ministro da Educação disse que a proposta de financiamento resulta de um trabalho que se arrasta desde 2007 feito dentro do país, e tendo em conta as experiências de outras nações concluiu que o actual modelo não se afigura sustentável. Avaliando os recursos que neste momento o Estado pode disponibilizar para o financiamento do Ensino Superior, disse estar claro que há uma necessidade de se repensar uma nova forma de alocação destes assim como a sua utilização para que haja maior eficiência.“Queremos que cada metical investido possa produzir mais resultados”, disse, acrescentando que para o efeito “vamos rever os critérios de elegibilidade a bolsas de estudos para cada concidadão que não pode custear os seus estudos e, nesse aspecto, queremos que sejam muito mais transparentes do que são agora”. O Estado, de acordo com Chilundo, gasta com instituições do Ensino Superior público em média com cada graduado cerca de 70 mil meticais, valor que pode subir com a adição aos valores correspondentes a cursos de engenharia e medicina, particularmente na UEM, ISRI e UP, onde existem dados mais consolidados nesse aspecto." Fonte Jornal NOTICIAS.

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