quarta-feira, 10 de novembro de 2010

BRASIL E MOÇAMBIQUE - 4 . O ENSINO UNIVERSITÁRIO À DISTÂNCIA E O SE RECONHECIMENTO PELO BRASIL E MOÇAMBIQUE

"A partir do próximo: Brasil abre portas do ensino à distância a moçambicanos. UM total de 620 estudantes moçambicanos vai frequentar, a partir de Janeiro próximo, cursos de formação superior, à distância, nas áreas de Biologia, Pedagogia, Administração Pública e Matemática no âmbito de a parceria com a Universidade Aberta do Brasil. Serão investidos neste projecto perto de 32 milhões de dólares.Maputo, Quarta-Feira, 10 de Novembro de 2010:: Notícias  As previsões avançadas ontem por ocasião do lançamento dos cursos dão conta que neste momento estão a funcionar apenas três pólos de ensino à distância, nas cidades de Maputo, Beira e Lichinga e a partir de meados do próximo ano a abrangência deverá ser alargada passando a leccionar-se também noutros sete pólos. Até 2012, no âmbito da cooperação com o Brasil, deverão estar matriculados um total de 7200 estudantes num quadro que contempla o ensino presencial ministrado em Moçambique e uma interacção, através da internet, com docentes brasileiros. Trata-se de modelo versátil e inovador concebido através de consultas entre as autoridades moçambicanas representadas pelo Ministério da Educação, Universidade Eduardo Mondlane e Universidade Pedagógica que trabalharam na concepção dos currículos ustados à realidade moçambicana.
Falando por ocasião da aula de sapiência que marca a inauguração desta ligação, através do Instituto Nacional de Ensino à Distância em Moçambique e a Universidade Aberta do Brasil, o Presidente da República Federativa do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, defendeu que não há nenhum passo que pode unir e transformar um país que não seja a educação. Segundo Lula da Silva a Educação é o veículo através do qual as pessoas podem garantir a realização dos seus sonhos e a igualdade de oportunidades no que se refere a emprego e condições salariais. De acordo com o Chefe de Estado brasileiro, não basta apenas educar, mas se impõe a criação de oportunidades de emprego para os jovens formados para que possam realizar os seus sonhos. Justificou que a relação que o Brasil mantém com África assenta, fundamentalmente, numa dívida histórica em que a formação do povo brasileiro muito deve ao africano. Por isso mesmo, defendeu uma nova ordem internacional baseada na exploração do potencial de recursos como terra e água que tanto a América assim como África possuem particularmente no que se refere á produção de comida.
“África pode, Moçambique pode tornar o mundo mais justo com igualdade e isso se consegue através da educação”, ajuntou. Defendeu que o Estado é que tem que assumir a responsabilidade pela educação dos seus cidadãos porque são a razão da sua existência. “A revolução do conhecimento só pode ser garantida pelo Estado”, referiu. Com base nos cursos ontem inaugurados é garantida aos graduados, um duplo reconhecimento, nomeadamente em Moçambique e no Brasil."

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