sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

IBO, CABO DELGADO, FUNDAÇÂO ENSINA COSTURA

"CABO DELGADO - Fundação Ibo ensina costura. A FUNDAÇÃO Ibo está a iniciar um processo de formação de costureiros, visando dotar os interessados na arte de trabalhar à máquina de costura, uma actividade tradicional dos ilhéus não reservada, como em algumas zonas apenas a mulheres. Maputo, Sábado, 18 de Dezembro de 2010:: Notícias . A escola de alfaiates está localizada mesmo no interior da Fortaleza do Ibo, que está a ser aproveitado como oficinas para as outras artes, incluindo tapeçaria e escultura. Ainda não fez um ano e tem a particularidade de ter mais de 90 porcento dos 15 instruendos do sexo feminino. A vida na Ilha é monótona e inúmeras vezes a actividade mais próxima dos seus habitantes que não estejam empregados em instituições públicas e a tradicional pesca, é aquela que se faz na própria residência, se não enveredar por permanentes aglomerados ociosos, debaixo de árvores, para jogos de cartas ou tradicionais. É na procura de ocupação útil que a Fundação Ibo iniciou o curso, utilizando quatro máquinas de costura, segundo nos disse Amade Chapoca, um dos mestres da escola de alfaiates, profissão que aprendeu, na vizinha República Unida da Tanzânia, tendo vindo para Mueda, sua terra natal, onde não encontrou enquadramento, antes que fosse descoberto por aquela associação que luta por perpetuar a história e as gentes da Ilha do Ibo, para além de outras acções visando a valorização daquele local histórico.
Na escola, e em dia de festa pelo relançamento do café do Ibo, encontrámos poucas pessoas, uma das quais, Zolha Zúber, 23 anos de idade, natural do Niassa. Está na Ilha do Ibo desde 2008, por lá está a viver com o seu irmão, tendo se casado, mas depois de ter concluído de forma parcial a 12ª classe, na cidade de Pemba. “Assim estive lá em Pemba, a fazer o exame externo, estou à espera de resultados”, disse Zolha Zúber. Acrescentou que depois do curso pretende comprar uma sua máquina de costura para trabalhar em casa, enquanto não se vislumbrar uma outra forma de ocupação útil. Entretanto, segundo Chapoca, há o problema de quem conclui o curso e não consegue aplicar os seus conhecimentos, porque desprovido de condições para adquirirem as suas próprias máquinas." Fonte Jornal NOTICIAS.

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