domingo, 24 de julho de 2011

PAULO PORTAS, MINISTRO DE ESTADO E DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS PORTUGUÊS EM MOÇAMBIQUE . III

"Moçambique e Portugal : Visita de Portas serve para aprofundar relações - diz Miguel MKaíma. O EMBAIXADOR de Moçambique em Lisboa, Miguel Mkaíma, afirmou, ontem, no Maputo, que a visita, ao nosso país, do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, representa o aprofundamento das relações entre os dois países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP). Maputo, Segunda-Feira, 25 de Julho de 2011:: Notícias Falando momentos após a chegada do governante luso no Maputo, Miguel Mkaíma referiu ainda que a visita de dois dias de Paulo Portas a Moçambique representa um sinal de que o novo Governo de Portugal, o Governo de Pedro Passos Coelho, vai dar continuidade a vários aspectos essenciais das relações entre os dois países.“Naturalmente que se trata de uma relação de continuidade, pois as questões que serão abordadas nas conversações oficiais entre os ministros dos negócios estrangeiros dos dois países representam uma continuidade nas nossas relações”, disse.Acrescentou que o “dossier” mais importante nestas conversações é, sem dúvidas, a componente económica. “Aliás, como devem saber, a componente económica tem assumido, nos últimos tempos, um papel importante nas relações entre Moçambique e Portugal e o novo Governo de Lisboa já expressou, com clareza, que esta componente continuará a ser importante”.Mkaíma, afirmou ainda que a crise financeira que Portugal enfrenta preocupa o Governo Moçambicano. “Muitas vezes têm-nos criado situações inesperadas. As vezes, os projectos desenhados têm de sofrer alterações por razões óbvias, não é? E este pode ser o receio. Não é o receio das relações entre Moçambique e Portugal, mas o receio da crise, isso sim”, frisou.Instado pela Rádio Moçambique a debruçar-se sobre o actual estágio das relações entre o nosso país e Portugal, Miguel Mkaíma afirmou que, primeiro, estas relações têm estado a conhecer um aprofundamento significativo e, segundo, os novos elementos que intervêm, nestas relações, são elementos de carácter económico, nomeadamente, a componente financeira, a componente infra-estrutural (que tem representado um peso bastante importante) mas, também, os outros projectos de cooperação que têm representado uma parte bastante significativa.A partir desta manhã, Moçambique e Portugal vão manter conversações em que será também abordada a questão dos 15 porcento das Acções detidas pelo Governo Português na Hidroeléctrica de Cahora Bassa. O Governo moçambicano defende que o negócio “Cahora Bassa” deve ser feito ao abrigo do acordo já existente e rubricado no ano passado entre os dois países.Este entendimento prevê que 7,5 porcento das acções que Portugal detém no empreendimento sejam transferidos para a empresa moçambicana “Companhia Eléctrica do Zambeze”, devendo a restante parte ser confiada às redes energéticas nacionais de Portugal para posterior venda às empresas lusas.O programa do novo Executivo português, liderado pelo Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, sublinha a necessidade de se redobrar o relacionamento com os países de língua portuguesa.De referir que, esta é a primeira visita que Paulo Portas efectua ao nosso país, desde que assumiu a chefia da diplomacia portuguesa. Durante a sua estadia, Portas vai analisar com o Governo Moçambicano o recomeço das discussões de matérias pendentes, incluindo a redefinição da data da cimeira Portugal/Moçambique e o futuro das relações bilaterais." Fonte Jornal NOTICIAS

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