quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CAMARÃO, LAGOSTA, ZAMBÉZIA, MOÇAMBIQUE CAPTURA EM DESENVOLVIMENTO

"ZAMBÉZIA – Relança-se a captura e exportação do camarão. Um milhão de dólares norte-americanos está a ser investido pelo Entreposto Frigorífico de Pesca Limitada (EFRIPEL), na província da Zambézia, para relançar as actividades de captura e exportação de camarão e lagosta de profundidade. Maputo, Sexta-Feira, 19 de Agosto de 2011:: Notícias . O director da EFRIPEL/PESCAMAR, Felisberto Manuel, disse há dias, à nossa Reportagem, que aquele investimento está a ser aplicado na reabilitação e modernização das infra-estruturas que estavam inoperacionais desde o ano 2006 aquando da falência da empresa.Felisberto Manuel disse que a nova gestão da EFRIPEL/PESCAMAR acaba de resgatar as operações que tinham sido transferidas para a cidade da Beira, onde, neste momento, estão criadas as melhores condições. Esse resgate, de acordo com a fonte, significou para a empresa levar, novamente, de volta as operações para Quelimane e criar condições para captura do pescado, nomeadamente camarão e lagosta de profundidade para exportar para quatro países da União Europeia como sejam Espanha, Itália, França e Portugal e para África do Sul, sendo que a fauna acompanhante será comercializada localmente.O nosso entrevistado afirmou, igualmente, que um dos objectivos do relançamento das actividades, na cidade de Quelimane, é resolver a falta de peixe, um problema que os munícipes têm colocado com frequência, com o argumento de não haver justificação para tal quando têm o mar e as empresas pesqueiras a operarem nesta urbe.O plano de produção pesqueira actual da empresa é de 1000 toneladas anuais. Este volume poderá crescer para 1300 toneladas anuais, o que irá, igualmente, contribuir para a balança de pagamento.Os gestores da empresa queixam-se, no entanto, dos altos custos de operação pelo facto de o combustível ser muito caro, na Zambézia, em relação à cidade da Beira. Felisberto Manuel afirmou, quando abordado pela nossa Reportagem, que os combustíveis constituem um sério constrangimento à actividade da empresa. O outro factor indicado pelo nosso entrevistado tem a ver com o assoreamento do canal de entrada ao porto de Quelimane. Em determinadas horas do dia, certos navios não podem ter acesso ao porto por causa do assoreamento pelo que Felisberto Manuel defendeu a necessidade de se fazer uma dragagem anualmente naquele porto.A empresa afirma que as exportações, a partir do porto de Quelimane, são muito caras. Neste momento, a EFRIPEL/PESCAMAR conta com 10 navios e 320 trabalhadores que estão no alto-mar a desenvolver o seu trabalho.Entretanto, o governador da Zambézia, Francisco Itae Meque, que esteve presente na inauguração das infra-estruturas daquela empresa, disse que a EFRIPEL é o garante da absorção da mão-de-obra excedentária e maior disponibilidade do pescado no mercado interno. Afirmou que o seu executivo irá prestar maior atenção à preocupação apresentada pela empresa, que tem a ver com a dragagem do porto de Quelimane para reduzir os sedimentos que dificultam as manobras das embarcações.
Este ano, o porto de Quelimane foi dragado com o objectivo de permitir a entrada de navios de cabotagem e de grande calado. Todavia, os gestores da EFRIPEL afirmam que apesar da dragagem feita, há períodos em que os navios não podem entrar, só podendo fazê-lo quando as águas estiveram a subir de nível.Jocas Achar" Fonte Jornal NOTICIAS.

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