quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CAHORA BASSA CHINA STATE PODE SER ACCIONISTA DA HCB

"China State pode ser accionista da HCB. A CHINA State Grid , empresa de electricidade chinesa, está bem posicionada para se tornar no maior accionista do grupo português Redes Energéticas Nacionais (REN) e, por esta via, vir a deter uma participação na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), em Moçambique.Maputo, Quarta-Feira, 1 de Fevereiro de 2012:: Notícias .De acordo com a folha de informação “Africa Monitor”, está previsto que metade dos 15% do Estado português na HCB sejam cedidos à REN, mas a transacção carece do acordo do Estado moçambicano, que controla a empresa.A entrada na HCB habilita a REN a participar no chamado Projecto Cesul, no qual, até 2016, serão investidos 2,4 mil milhões de dólares, na construção de um sistema de transporte de electricidade entre a província de Tete e o sul do país, mas também para nações vizinhas.A produção de electricidade, cerca de 12 mil megawatts, concentrar-se-á no futuro pólo energético de Tete, incluindo numa nova barragem no rio Zambeze, Mphanda Nkwa – 1 500 megawatts – a central norte de Cahora Bassa – 1 250 megawatts – e centrais térmicas a carvão de Moatize e Benga – 600 megawatts cada uma.A maior parte da produção actual de Cahora Bassa é transportada numa linha dedicada para a África do Sul (Central Apollo) e a produção restante é destinada ao Zimbabwe e partes do norte de Moçambique.A África do Sul será o principal destino da futura produção energética do Vale do Zambeze, o que implica o reforço da capacidade de transporte das linhas existentes.Na recente cimeira luso-moçambicana falhou o acordo de venda dos restantes 7,5 porcento da participação ainda detida por Portugal a favor de interesses moçambicanos consorciados no Projecto Cesul, entre os quais a Electricidade de Moçambique (EDM), devido aos termos de valores da transacção, de acordo com o “Africa Monitor”.A participação reservada à REN no Projecto Cesul envolve a construção de infra-estruturas e, posteriormente, a gestão das novas redes (exploração e manutenção).Segundo a folha de informação portuguesa, a China State Grid manifestou-se desde o início interessada na privatização da REN, “iniciativa amplamente influenciada por expectativas de implantação da empresa em Moçambique”.A proposta da empresa chinesa, segundo o jornal português “Público”, é para 25 porcento da REN, devendo os restantes 15 porcento ficar nas mãos do outro candidato, a Oman Oil Company.Nos termos do concurso, cuja conclusão está prevista para o início de Fevereiro, as duas empresas não poderão alienar as acções durante os próximos quatro anos.O “Diário Económico” noticiou sexta-feira que a China State Grid apresenta como trunfo na corrida à REN com a abertura do mercado asiático à empresa portuguesa, estando presente em países como Filipinas, Mongólia, Quirguistão, Rússia e Índia.A oferta é de 400 milhões de euros e inclui também uma linha de financiamento de longo prazo do Banco de Desenvolvimento da China, a taxas de juro reduzidas, no valor de mil milhões de euros.Esta garante as necessidades de refinanciamento da REN, a partir de 2013, segundo a mesma fonte, e permite ao grupo impulsionar o seu plano de internacionalização – orientado para Moçambique, Angola, Brasil e Colômbia – e alargar o potencial raio de acção dos seus fornecedores nacionais." Fonte Jornal NOTICIAS.

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