sábado, 14 de abril de 2012

NANJUA, PEMBA A CAMINHO DE MONTEPUEZ, CABO DELGADO, NORTE DE MOÇAMBIQUE, SABINA NHANCUTA TEM RESTAURANTE DE REFERENCIA

"Província Em Foco


Sabina Nancuta
Sabina Nancuta
CABO DELGADO – Sabina Nancuta: Proprietária da paragem “obrigatória” de Nanjua. Nanjua é um ponto de paragem quase obrigatória, para quem viaja para Montepuez e daqui para Pemba. Há um restaurante que resistiu aos tempos e ainda impõe-se. Lá está Sabina Romão Nancuta, a proprietária que todos os que ali, alguma vez pararam, devem conhecer. Trato simples, muito trabalhadora, mas admirada por manter aquele lugar, mesmo depois de ter perdido o seu marido, em 2003.Maputo, Sábado, 14 de Abril de 2012:: Notícias . Quando, em 2003, o seu marido faleceu, alguns cépticos viam na Sabina uma mulher que não pudesse resistir ou simplesmente manter a propriedade que o português Fernando Correia havia erguido, incluindo o restaurante que impôs naquele verdadeiro ponto de intersecção. Ao invés disso, Sabina Nancuta, soube reerguer-se, não vendendo nada da herança, como se pensava e, pelo contrário, criando mais ideias que lhe valeram a manutenção e alargamento dos seus negócios. “Não caí porque tinha um pouco de experiência que meu marido me transmitiu. Apesar daquele aparente sossego em que vivíamos, nunca deixei de ir ao restaurante ajudar os que aqui trabalhavam e sempre estive na cozinha para fazer o que os clientes pediam. Portanto, por detrás de tudo o que aqui estava a ser servido, havia uma mulher, que sou eu”, explica Sabina Nancuta.Esposa de um amigo de muitos, principalmente por causa do desporto, a partir do seu Sporting de Portugal, Fernando Correia deixou Sabina com dois filhos, hoje também com neto. Para além de machambas, a parte mais visível sempre foi o restaurante que, em tempos, era o único, no percurso de 210 quilómetros, desde Pemba até Montepuez.“Devo reconhecer que, se os amigos do meu falecido marido, os seus familiares e os clientes que já havíamos feito, mesmo antes de morrer, me tivessem abandonado, aí, sim, já teria caído. Mas também, a minha família, que quando tenho muito trabalho, como seja seminários ou lanches envolvendo muita gente, me vem ajudar, de facto cairia ”, reconhece Sabina.Sabina teve de aprender a atender a toda sua clientela, resultante do facto de, na verdade, não ter na altura o concurso de outros na região e, hoje, diz que apesar do aparecimento de outros lugares ao longo da estrada, ficou na cabeça dos viajantes, uma paragem, em Nanjua, que sempre fez bem, conforme afirmou.“Nunca me senti cansado de atender os meus clientes. A única reclamação que apresentam é do horário. Quando passam, à alta noite e encontram isto fechado, ai ficam aborrecidos comigo. Às vezes telefonam-me, enquanto estou a dormir, mas não posso fazer nada, é de Lei, essa que restringe a abertura de locais onde as pessoas devem se restaurar, mas não restringe os movimentos dessas pessoas, que enquanto estão em viagem ou não, ficam com fome”, esclareceu Sabina.A também chamada mamã de Nanjua, em 2007, concorreu e foi elegível para acesso ao Fundo de Desenvolvimento Distrital, que se destinava a viabilizar a sua entrada na comercialização agrícola, tendo reembolsado todo o valor, depois de bem sucedida a campanha.No ano seguinte, voltou a precisar de um empurrão e, logicamente, teve a anuência do Conselho Consultivo Distrital, que decide emprestar-lhe 300.000,00 meticais, com o objectivo de acrescentar ao seu restaurante, sala de conferências (discoteca), uma pensão, agora com quatro quartos, a única na região do Posto Administrativo de Mesa, onde Nanjua está localizado.“É o dinheiro com que estou a trabalhar, por isso, ainda não devolvi, sobretudo porque coincidiu com a chegada da energia da HCB. Então era necessário fazer a instalação de todos os quartos e outras infra-estruturas. Em relação aos quartos, era preciso equipa-los, pois, todos são suites. Por isso, ainda não paguei na totalidade, apesar de estar a devolver, mas aos poucos”, disse Sabina.Neste momento, Sabina Nancuta meteu-se noutro tipo de negócio, pois, acaba de adquirir duas moageiras, uma de descasque e outra de farinação. Pedro Nacuo" Fonte Jornal NOTICIAS.

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