domingo, 29 de julho de 2012

BBC BRITISH BROADCASTING CORPORATION LONDRES GUEBUZA PRIMEIRO CHEFE DE ESTADO A VISITAR AS INSTALAÇÕES

"Guebuza ‘inaugura’ nova sede da BBC em Londres
Gubueza-bbcO Presidente Armando Guebuza, foi o primeiro Chefe de Estado a visitar as novas instalações da “British Broadcasting Corporation” (BBC), na cidade de Londres, capital da Grã-Bretanha, onde foi convidado à cerimónia de abertura da 30ª edição dos Jogos Olímpicos 2012.Na visita à nova sede da maior empresa de radiodifusão no mundo, hoje em Londres, Guebuza não escondeu o seu regozijo e admiração pelo aparato tecnológico que a BBC está a usar, embora como dirigente já tenha estado em outras grandes empresas do ramo com musculatura semelhante.Todavia, é justo salientar que a nova residência da BBC, cuja radiodifusão é feita em 27 línguas de vários continentes, embora o português, língua oficial moçambicana já não faça parte desse universo, atingiu uma outra dimensão de desenvolvimento, feito que permite exercer os serviços com o rigor que passou a ser a sua marca registada.Além de visitar as novas instalações, sobretudo onde são produzidos os serviços noticiosas para África, o estadista moçambicano manteve um encontro com quadros seniores da BBC, tendo a tónica dominante gravitado a volta das recentes descobertas de recursos minerais, as parcerias para o desenvolvimento do país, a migração, a gestão política regional, entre outros assuntos da actualidade.Os editores, que tinham muitas questões na manga, quiseram saber do Chefe de Estado como é que os recursos minerais e energéticos estão a ser geridos pelo país, uma vez que suscita um elevado interessa não só para Moçambique, mas para tantos outros, dentro e fora do continente, que passaram a olhar para o país com outros olhos.No rol de questões levantadas não ficou de fora a questão sempre recorrente dos laços económicos que tanto o país quando os outros estados africanos estão a cimentar com a China, segunda maior economia mundial, porém vista por outros parceiros de África como uma “neocolonização” e não uma oportunidade de crescimento.No capítulo relativo a gestão política na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), os editores da BBC quiseram saber de Guebuza porque razões os outros estadistas do bloco enveredam por uma atitude proteccionista para com Mugabe e não decisiva, com vista a ultrapassar a situação em que o Zimbabwe se encontra mergulhado.O Chefe de Estado, que enalteceu a curiosidade e a simpatia crescentes que o canal de radiodifusão tem por Moçambique, infundiu nos editores uma abordagem diferente e necessária em relação a maneira de olhar para os desafios e oportunidades que os países africanos ainda têm pela frente.Na óptica do presidente, o continente tem uma longa história de cooperação, em vários domínios, com a Europa que gerou muitas oportunidades e desafios, erros e concertos, porém neste último binómio o mais importante é procurar corrigir os aspectos que não saíram conforme o desiderato das partes para que o mesmo erro não se repita.Armando Guebuza respondia, por conseguinte, aos crescentes receios que, aliás, até os editores da BBC nutrem com relação a parceria com a China. O gigante da economia asiática e potência emergente na economia mundial está, segundo o presidente, a resolver parte dos problemas que ainda constituem um entrave ao desenvolvimento de África.Na ocasião, ele apontou, a título de exemplo, o contributo da China na edificação de infra-estruturas, cujo resultado se espelha na edificação da cadeia de valores, fundamental para o relançamento das metas do processo de desenvolvimento que África pretende atingir. A questão da descoberta de recursos minerais e energéticos, bastas vezes associada a migração de mão-de-obra de outros países, com realce para pessoas dos Grandes Lagos, Corno de África e mesmo do extremo ocidental, Guebuza afirmou que Moçambique tem uma longa história de migração.No entanto, a aposta do Executivo é assegurar que as oportunidades que esses recursos vão gerar, a médio e longo prazo, beneficiem, primeiro, aos moçambicanos e mais tarde os outros africanos que procuram oportunidades no país.“No século XIX, muitos moçambicanos emigraram para a vizinha África do Sul em busca de emprego e sustento para as suas famílias”, disse Guebuza, anotando que este é um dos pressupostos integrados na história dos países africanos que não deve ficar de fora sempre que se reflecte sobre os actuais desafios de África.Armando Guebuza, que vai assumir em Agosto próximo a presidência rotativa da SADC, não refutou os problemas do Zimbabwe, porquanto já foi presidente da Troika do Orgão regional de Política, Defesa e Segurança. Na ocasião, explicou que a situação regista melhorias assinaláveis que os Estados membros vão continuar, durante a sua presidência, a trabalhar com vista a melhorar.Por Leonel Muchano, da AIM, em Londres" Fonte Rádio Moçambique.

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