sábado, 29 de dezembro de 2012

CHINA E OS PAISES DA CPLP EM NEGÓCIOS

"ECONOMIA

A SEMANA :

China coloca PLP´s no centro dos negócios 27 Dezembro 2012

A China colocou durante o ano de 2012 os países de língua portuguesa (PLP) no centro dos negócios, graças ao aumento do comércio e dos investimentos envolvendo grandes empresas no conjunto destes países, particularmente em Portugal.

China coloca PLP´s no centro dos negócios
O início do ano foi marcado pelo investimento da China no sector energético em Portugal, com a aquisição de 21 por cento da EDP pela China Three Gorges (CTG), seguida da entrada na Redes Energéticas Nacionais (REN) pela State Grid Corporation of China.O interesse das empresas chinesas em Portugal deve-se em grande parte aos laços das portuguesas com o Brasil e África. A criação de duas “joint ventures” em Angola e Moçambique, detidas em partes iguais pela REN e China Grid, é um dos compromissos que o grupo chinês apresentou na sua oferta de 387,15 milhões de euros por 25 por cento da REN, depois de a CTG se ter comprometido a investir 8,7 mil milhões de euros.
A crise económica e financeira em Portugal e as privatizações em curso atraíram também empresas angolanas, que estão a seguir processos como a RTP e da nova operadora de telecomunicações resultante da fusão da Zon com a Sonaecom. As empresas portuguesas estão, por seu lado, a assumir uma posição dominante no sector financeiro angolano, em bancos como o Fomento, Millenium ou BESA.Simultaneamente, empresas angolanas e sobretudo a petrolífera Sonangol, têm estado a aumentar a sua posição em empresas portuguesas chave, como a Galp Energia. Em 2010, quatro por cento das empresas listadas na bolsa portuguesa eram detidas por capitais angolanos, com um valor conjunto de 2,2 mil milhões de euros. O banco angolano BIC fechou recentemente a compra do português BPN e têm havido relatos na imprensa de outras potenciais aquisições de outros bancos portugueses por investidores angolanos.As empresas brasileiras também estão a tirar partido da situação em Portugal, com a aquisição da cimenteira Cimpor, presente em Angola, Moçambique, Cabo Verde e outros países, e entraram no fabrico aeronáutico e no negócio dos hospitais. São já o maior investidor externo em Moçambique, graças ao projecto de exploração de carvão. O Brasil também a reforçou a posição noutros PLP´s.Uma nova linha de crédito no valor de dois mil milhões de dólares criada pelo governo do Brasil para Angola foi constituída e, durante uma visita a Angola, a presidente brasileira Dilma Rousseff, definiu como princípios para o envolvimento em África que as empresas brasileiras se esforcem por contratar africanos, façam da transferência de tecnologia uma prioridade e que lancem parcerias com empresas locais.Com a economia pujante, a grande novidade em Angola foi a aguardada criação de um Fundo Soberano, que vai ajudar a reduzir a exposição às oscilações do preço do petróleo. Apresentado este mês em Luanda, o Fundo Soberano Angolano foi constituído com uma dotação inicial de cinco mil milhões de dólares, a ser aplicada em projectos em Angola e no estrangeiro, com foco na África a sul do Sahara.Moçambique continua a expandir-se, contrariando a tendência global, e poderá em breve tornar-se numa das mais dinâmicas do mundo, graças ao desenvolvimento do sector mineiro e dos fluxos cada vez maiores de investimento. As estatísticas oficiais indicam que o comércio entre a China e os PLP´s cresceu 12,3 por cento entre Janeiro e Outubro face ao mesmo período de 2011, fixando-se em 103.636 milhões dólares.
Com o Brasil, o principal parceiro da China de entre os oito países de língua portuguesa, as trocas comerciais subiram 2,91 por cento, para 68.862 milhões de dólares. Com Angola, as trocas comerciais subiram 41,89 por cento, para um total de 31 709 milhões de dólares, com a China a exportar mais 48,73 por cento, para 3314 milhões de dólares e a importar mais 41,13 por cento, para 28 395 milhões de dólares.Já com Portugal, o terceiro PLP mais importante em termos comerciais, as trocas ascenderam a 3368 milhões de dólares, uma subida de 3,21 por cento em que as exportações chinesas caíram 11,18 por cento e as exportações portuguesas aumentaram 40,31 por cento." Fonte Jornal A SEMANA DE CABO VERDE.

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