terça-feira, 4 de dezembro de 2012

OTAVIANO CANUTO VICE PRESIDENTE DO BANCO MUNDIAL PARA O SECTOR ECONOMICO RECEBIDO PELO PRIMEIRO MINISTRO DE MOÇAMBIQUE ALBERTO VAQUINA , CONSIDEROU QUE ESTE PAIS DISPOE DE UMA BOA GESTÃO MACROECONOMICA

"Moçambique dispõe de uma boa gestão macroeconómica - vice-Presidente do Banco Mundial
Octaviano-canuto-banco-mundialOs recursos minerais de que Moçambique dispõe constituem um veículo para o país alcançar o objectivo de erradicação pobreza que afecta mais de metade da população moçambicana e garantir prosperidade compartilhada entre todos os cidadãos hoje e no futuro. Esta afirmação foi feita ontem em Maputo, pelo vice-presidente do Banco Mundial para o Sector Económico, Otaviano Canuto, num breve encontro com jornalistas, depois de ter sido recebido em audiência pelo Primeiro-Ministro moçambicano, Alberto Vaquina. Na ocasião, Canuto garantiu que o Banco Mundial está disponível a apoiar o executivo moçambicano a garantir que a abundância de recursos possa ser uma bênção e sublinhou que tal só será possível se Moçambique criar capacidade interna de gestão dos investimentos públicos.
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“Moçambique dispõe de uma boa gestão macroeconómica, uma condição essencial. Claramente, este país está a preparar-se para enfrentar desafios e as oportunidades tipicamente de países com riquezas e recursos naturais. Nós estamos disponíveis para ajudar, aprofundar as nossas parcerias, porque Moçambique é parceiro importante para o Banco mundial”, defendeu.Aquele dirigente explicou que tal apoio consiste em “colaborar na formação de capacidade de análise dos projectos, gestão de investimento público, porque em última instância a abundância de recursos será uma bênção na medida em que o país cria capacidade interna. Nisso, Moçambique está no bom caminho e nós nos beneficiaremos desta parceria”.Para Canuto, a melhoria da capacidade de análise do que fazer com os rendimentos dos recursos naturais constitui o maior desafio para Moçambique.“Moçambique enfrenta desafios como todos os países em desenvolvimento que se depara com descoberta de recursos naturais. A melhoria da capacidade de projectos para o investimento público e a melhoria da análise das formas de ajudar o sector privado constitui um dos grandes desafios do país para ter melhor desempenho económico, sobretudo com a participação dos recursos naturais”, frisou.Sobre o encontro com o Primeiro-Ministro, Canuto disse estar satisfeito com o que ouviu.Segundo aquele gestor, o Primeiro-Ministro mostrou uma visão estratégica promissora do país.“É fantástico ver as pessoas que têm a posição de tomar decisões básicas com uma clareza tão promissora”, afirmou Canuto.“O Primeiro-Ministro falou dos desafios e o que há por fazer para que Moçambique tenha um futuro brilhante que se vislumbra, em que a riqueza dos recursos minerais sejam o veículo para, definitivamente, se terminar a pobreza e garantir uma prosperidade compartilhada”, detalhou.
 Canuto que chegou a Moçambique no último domingo, na prossecução da sua visita de trabalho, vai manter encontros com outros membros do Governo, sociedade civil e doadores.
 Ainda ontem o vice-presidente do Banco Mundial proferiu uma palestra sobre “Os Desafios na Gestão dos Recursos Naturais”, destinada a Académicos, Sociedade Civil e demais interessados. O objectivo da visita é avaliar o andamento dos projectos financiados pelo Banco Mundial. Actualmente, Moçambique está a implementar 18 projectos em diversos sectores avaliados em cerca de 800 milhões de dólares norte-americanos (USD). Para 2013, estão em carteira três projectos orçados em 290 milhões USD. Trata-se dos projectos de expansão do fornecimento de água ao Grande Maputo, avaliado em 110 milhões USD, de subsistência costeira, 30 milhões, e de gestão e manutenção de estradas e pontes na sua fase três, na ordem de 150 milhões.
 Moçambique mantém relações de cooperação com o Banco Mundial desde 1984, no âmbito das quais, o país beneficiou de cerca de 3,6 biliões USD, traduzidos em mais 67 créditos e donativos, para Programas de Ajustamento Estrutural, financiamento a projectos de desenvolvimento e Apoio Directo ao Orçamento do Estado. (RM/AIM)" Fonte Rádio Moçambique.

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