quarta-feira, 1 de maio de 2013

ÁGUAS DAS PEDRAS UNICER QUER VENDER 500 MIL LITROS DE ÁGUA DAS PEDRAS NO BRASIL AINDA ESTE ANO, www.dinheirovivo.pt

"Entrada em força neste mercado representa investimento de 600 mil euros e vai colher impulso no Mundial 2014 e Olímpicos 2016

Unicer quer vender 500 mil litros de Água das Pedras no Brasil ainda este ano

Entrevista com António Pires de Lima
António Pires de Lima, pres. da Unicer
Leonel de Castro
01/05/2013 | 04:18 | Dinheiro Vivo
António Pires de Lima quer vender 500 mil litros de Água das Pedras no Brasil, ainda este ano. Vencidos os “pretextos legais” que impediram a entrada neste mercado, o acordo entre a Unicer e a brasileira Barrinhas será assinado sexta-feira e oficializa o investimento de 600 mil euros da empresa portuguesa, que arrancou no final do ano passado. "Começámos a vender Água das Pedras no Brasil há sete meses mas só agora, vencidos os trâmites administrativos, vamos oficializar a entrada, com a assinatura da parceria com uma empresa local”, disse ao Dinheiro Vivo António Pires de Lima, presidente da Unicer. “O mercado brasileiro é muito protecionista. Houve anos de pretextos legais, alegadamente por razões de saúde, que nos impediam de comercializar a marca no Brasil e finalmente foram vencidos no último trimestre do ano passado. Tivemos de convencer as autoridades brasileiras que a Água das Pedras até faz bem – e isso demorou uns três ou quatro anos”, conta o presidente da Unicer.
O momento escolhido para formalizar a internacionalização foi a Essência do Vinho - Rio de Janeiro, mostra do sector que decorre nos dias 2 e 3 de maio. A Unicer quer ainda levar a Pedras para os Estados Unidos e o Canadá, relançando-a “com um posicionamento premium de grande prestígio”. Mesmo porque se trata de uma “água com gás natural”, ou seja, sai da nascente – na Fonte do Vale das Pedras, em Trás-os-Montes – já com as bolhinhas, uma característica apenas presente em 0,5% de todas as águas do mundo. E apesar de a produção estar “limitada ao que a natureza nos dá”, o objetivo é vender “400 a 500 mil litros já este ano”, chegando a “1 milhão de litros no Brasil e mais 1 milhão nos Estados Unidos e no Canadá em 2015/2016”.
O total de Água das Pedras exportado em 2012 ascendeu a 3 milhões, o que significa que os novos objetivos passam por vender para fora mais dois terços em apenas dois ou três anos. Ainda assim, o presidente da Unicer não pretende massificar o consumo. A ideia passa antes por colocar o produto em locais muito selecionados dos principais centros urbanos daqueles países, à semelhança da estratégia que tem sido seguida em Espanha, França e na Suíça, mas também Angola e Moçambique. “Não queremos massificar o consumo de Água das Pedras, mas colocá-la em espaços e eventos de referência, como a Essência do Vinho Brasil”, que começa amanhã, no Rio de Janeiro. Rio e São Paulo, Toronto, Nova Iorque, Boston e Washington foram as cidades escolhidas para lançar as tradicionais garrafas de 0,33l, 0,5l e 0,75l, “em campanhas muito seletivas que decorrerão em espaços de grande sofisticação. Queremos que a marca seja vista como trendy, exclusiva, única”, explica Pires de Lima ao Dinheiro Vivo.
A apresentação da Água das Pedras passará, por isso, também pelo casamento com a gastronomia. No Brasil, a loja gourmet Casa Santa Luzia foi uma das poucas escolhidas para vender Água das Pedras, que estará também em alguns dos melhores restaurantes, como os paulistas D.O.M. (eleito esta semana o sexto melhor do mundo) e Tasca da Esquina e os cariocas Fogo de Chão e Quadrucci. É que, “além de ser uma bebida refrescante, natural e sem calorias, um dos grandes potenciais da Água das Pedras é acompanhar muito bem as refeições”, esclarece o presidente da Unicer. Justamente um potencial que a empresa quer desenvolver. E para isso conta com a ajuda de alguns chefs famosos, como o português Vítor Sobral e o pernambucano César Santos – que fizeram uma demonstração de cozinha em São Paulo, em dezembro, escolhendo, a par dos melhores vinhos portugueses, a Água das Pedras para acompanhar os pratos de bacalhau, na Tasca da Esquina. Para já, a exportação vai centrar-se apenas na Pedras original.
O timing desta entrada em força no mercado brasileiro não é inocente. O Mundial de Futebol 2014 e os Jogos Olímpicos 2016 são uma “oportunidade muito interessante” que a Unicer quer aproveitar. Além do desenvolvimento que o Brasil tem registado, estes dois eventos “vão transformar o país numa montra para o mundo”. Conquistar o mercado brasileiro vem, portanto, com um bónus: além de apelar aos brasileiros, naturalmente recetivos a produtos portugueses de grande qualidade, “vamos poder aproveitar a atenção dos milhões de turistas que vão passar pelas zonas de maior referência no Rio e em São Paulo”. E aqui a SuperBock – que já vende cerca de 30 mil litros/ano naquela região – também terá um papel de relevo. Mesmo sem a concretização da instalação da fábrica no Brasil. O projeto que a Unicer alimenta há já um par de anos, mantém-se adiado.
A fábrica da SuperBock no Brasil “é uma hipótese que continuamos a estudar, mas não é fácil encontrar um parceiro local que nos garanta a produção com as características e qualidade que exigimos”, explica Pires de Lima. “Não desistimos, estamos a trabalhar, mas para já é um cenário hipotético.”  
Parceria com a distribuidora local Barreirinhas é assinada sexta-feira, no Rio de JaneiroEntrada em força neste mercado representa investimento de 600 mil euros e vai colher impulso no Mundial 2014 e Olímpicos 2016

Unicer quer vender 500 mil litros de Água das Pedras no Brasil ainda este ano

Entrevista com António Pires de Lima
António Pires de Lima, pres. da Unicer
Leonel de Castro
01/05/2013 | 04:18 | Dinheiro Vivo
António Pires de Lima quer vender 500 mil litros de Água das Pedras no Brasil, ainda este ano. Vencidos os “pretextos legais” que impediram a entrada neste mercado, o acordo entre a Unicer e a brasileira Barrinhas será assinado sexta-feira e oficializa o investimento de 600 mil euros da empresa portuguesa, que arrancou no final do ano passado. "Começámos a vender Água das Pedras no Brasil há sete meses mas só agora, vencidos os trâmites administrativos, vamos oficializar a entrada, com a assinatura da parceria com uma empresa local”, disse ao Dinheiro Vivo António Pires de Lima, presidente da Unicer. “O mercado brasileiro é muito protecionista. Houve anos de pretextos legais, alegadamente por razões de saúde, que nos impediam de comercializar a marca no Brasil e finalmente foram vencidos no último trimestre do ano passado. Tivemos de convencer as autoridades brasileiras que a Água das Pedras até faz bem – e isso demorou uns três ou quatro anos”, conta o presidente da Unicer.
O momento escolhido para formalizar a internacionalização foi a Essência do Vinho - Rio de Janeiro, mostra do sector que decorre nos dias 2 e 3 de maio. A Unicer quer ainda levar a Pedras para os Estados Unidos e o Canadá, relançando-a “com um posicionamento premium de grande prestígio”. Mesmo porque se trata de uma “água com gás natural”, ou seja, sai da nascente – na Fonte do Vale das Pedras, em Trás-os-Montes – já com as bolhinhas, uma característica apenas presente em 0,5% de todas as águas do mundo. E apesar de a produção estar “limitada ao que a natureza nos dá”, o objetivo é vender “400 a 500 mil litros já este ano”, chegando a “1 milhão de litros no Brasil e mais 1 milhão nos Estados Unidos e no Canadá em 2015/2016”.
O total de Água das Pedras exportado em 2012 ascendeu a 3 milhões, o que significa que os novos objetivos passam por vender para fora mais dois terços em apenas dois ou três anos. Ainda assim, o presidente da Unicer não pretende massificar o consumo. A ideia passa antes por colocar o produto em locais muito selecionados dos principais centros urbanos daqueles países, à semelhança da estratégia que tem sido seguida em Espanha, França e na Suíça, mas também Angola e Moçambique. “Não queremos massificar o consumo de Água das Pedras, mas colocá-la em espaços e eventos de referência, como a Essência do Vinho Brasil”, que começa amanhã, no Rio de Janeiro. Rio e São Paulo, Toronto, Nova Iorque, Boston e Washington foram as cidades escolhidas para lançar as tradicionais garrafas de 0,33l, 0,5l e 0,75l, “em campanhas muito seletivas que decorrerão em espaços de grande sofisticação. Queremos que a marca seja vista como trendy, exclusiva, única”, explica Pires de Lima ao Dinheiro Vivo.
A apresentação da Água das Pedras passará, por isso, também pelo casamento com a gastronomia. No Brasil, a loja gourmet Casa Santa Luzia foi uma das poucas escolhidas para vender Água das Pedras, que estará também em alguns dos melhores restaurantes, como os paulistas D.O.M. (eleito esta semana o sexto melhor do mundo) e Tasca da Esquina e os cariocas Fogo de Chão e Quadrucci. É que, “além de ser uma bebida refrescante, natural e sem calorias, um dos grandes potenciais da Água das Pedras é acompanhar muito bem as refeições”, esclarece o presidente da Unicer. Justamente um potencial que a empresa quer desenvolver. E para isso conta com a ajuda de alguns chefs famosos, como o português Vítor Sobral e o pernambucano César Santos – que fizeram uma demonstração de cozinha em São Paulo, em dezembro, escolhendo, a par dos melhores vinhos portugueses, a Água das Pedras para acompanhar os pratos de bacalhau, na Tasca da Esquina. Para já, a exportação vai centrar-se apenas na Pedras original.
O timing desta entrada em força no mercado brasileiro não é inocente. O Mundial de Futebol 2014 e os Jogos Olímpicos 2016 são uma “oportunidade muito interessante” que a Unicer quer aproveitar. Além do desenvolvimento que o Brasil tem registado, estes dois eventos “vão transformar o país numa montra para o mundo”. Conquistar o mercado brasileiro vem, portanto, com um bónus: além de apelar aos brasileiros, naturalmente recetivos a produtos portugueses de grande qualidade, “vamos poder aproveitar a atenção dos milhões de turistas que vão passar pelas zonas de maior referência no Rio e em São Paulo”. E aqui a SuperBock – que já vende cerca de 30 mil litros/ano naquela região – também terá um papel de relevo. Mesmo sem a concretização da instalação da fábrica no Brasil. O projeto que a Unicer alimenta há já um par de anos, mantém-se adiado.
A fábrica da SuperBock no Brasil “é uma hipótese que continuamos a estudar, mas não é fácil encontrar um parceiro local que nos garanta a produção com as características e qualidade que exigimos”, explica Pires de Lima. “Não desistimos, estamos a trabalhar, mas para já é um cenário hipotético.”  
Parceria com a distribuidora local Barreirinhas é assinada sexta-feira, no Rio de Janeiro"FONTE www.dinheirovivo.pt

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