quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CABO VERDE PRODUÇÃO DE VINHO ARRANCA NA ILHA DO FOGO

ECONOMIA

A SEMANA : Primeiro di?rio caboverdiano em linha

Arrancou a produção vinícola no Fogo 30 Julho 2013

Fogo está em plena vindima. Nos mercados nacionais já se vende uva e nas três adegas da ilha do Vulcão a campanha de vinificação decorre a todo o vapor. As perspectivas de produção são contudo diferentes para cada uma. A adega Maria Chaves prevê uma quebra. Já as adegas de Chã e Sodade prognosticam um aumento. Sorte que partilham com os produtores do vinho caseiro – o manecon -, famoso pelo seu aroma forte e cor intensa.

Arrancou a produção vinícola no Fogo
Este ano a Vinha Maria Chaves comprou menos uva aos agricultores de Chã das Caldeiras: 30 mil quilos, longe dos 50 mil quilos de 2012. É a primeira consequência da subida do preço do fruto. Um quilo é agora vendido a 180 escudos, um preço “altíssimo”, para o padre Octávio Fassano, o responsável pelo projecto da Associação de Solidariedade Social (ASDE).Caindo a quantidade de uva, cai também a produção de vinho. Daí que neste ano de 2013 a Maria Chaves só possa colocar no mercado uma média de 27 mil garrafas de 0.75 litros de vinho – tinto, rosé e branco. Com as uvas colhidas na sua propriedade a adega dirigida por padre Fassano só poderá produzir 20 mil garrafas. Mesmo assim, está muito longe da produção registada no ano passado: 65 mil garrafas.Recorde-se que, nos últimos dois anos, a Vinha Maria Chaves comprou a uva aos camponeses de Chã das Caldeiras pagando com “dinheiro vivo” e na hora. A prática foi aplaudida pelos agricultores, que antes tinham de entregar as uvas às adegas de vinho Chã e Sodade, recebendo só mais tarde. Mas também choveram criíticas: as adegas concorrentes, que acusaram a Maria Chaves de “concorrência desleal”.

Maior produção para as adegas Chã e Sodade

Em 2012 a adega Sodade registou a sua maior produção de todos os tempos – desde que começou a funcionar, em 2007. Dos mais de 40 mil litros de vinho, boa parte foi exportada para os Estados Unidos. Este ano, Sodade perspectiva que ultrapassará essa barreira, atingindo as 50 mil garrafas de vinho branco, rosé e tinto. Até aqui já conseguiu colher perto de 5 mil quilos de uva. A adega do vinho de marca CHÃ também acredita que aumentará a sua produção, ultrapassando as 107 mil garrafas que pôs no mercado no ano passado. Os dados apontam, no entanto, para uma produção de uva preta menor do que a de uva branca. O que significa que haverá menos vinho tinto este ano.

Vinho caseiro ganha mercado

O vinho caseiro Manecón também está a conquistar terreno no mercado nacional e internacional, tornando-se num negócio rentável para alguns produtores. Mais sofisticado e um pouco mais depurado, o Manecón ganhou uma nova roupagem – agora passou a ser engarrafado; Calcula-se que este ano ultrapasse os 20 mil litros. Um aumento da produção que responde também a uma maior demanda. Muitos são os que hoje não dispensam esse vinho produzido em casa pelos homens de Chã das Caldeiras, Relva-Achada Grande e outras zonas altas da ilha do Fogo. Cada litro de Manecón oscila entre os 400 e os 500 escudos. O consumo do Manecón é mais local, mas não pára de ganhar apreciadores nas ilhas de Santiago e Sal.Nicolau Centeio" FONTE JORNAL A SEMANA DE CABO VERDE.

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