sexta-feira, 18 de outubro de 2013

BONGA CANÇONETISTA ANGOLANO DE RENOME MUNDIAL VAI ESTAR NA BEIRA SOFALA MOÇAMBIQUE E A SUA BANDA

HÀ UMAS DEZENAS DE ANOS ATRÁS TIVE O PRIVILÉGIO DE CONVIVER DE PERTO COM BONGA, E CONTAR-LHE UM POUCO DO QUE SABIA, SOBRE O NOME ARTISTICO DELE A  HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE, EM NYUNGWE O QUE SIGNIFICA BONGA, ETC,ETC, FOI FORTE A ANIMAÇÃO E A SURPRESA TOTAL PARA ELE QUE DESCONHECIA TAIS FACTOS. VAMOS TÊ-LO E A SUA BANDA A ACTUAR ESTE SÁBADO NA BEIRA!


BONGA: "José Adelino Barceló de Carvalho nasce a 5 de Setembro de 1942, em Kipiri, na província do Bengo, a norte de Luanda, em Angola. Filho de Pedro Moreira de Carvalho, natural de Luanda, e de Ana Raquel, do norte de Angola. Barceló é o terceiro filho de uma família composta por mais nove irmãos.
A família tratava-o carinhosamente por Zeca. A sua infância foi passada em bairros como os Coqueiros, Imgombotas, Bairro Operário, Rangel, e no Marçal. Aí vive-se um ambiente intimista de preservação das músicas e tradições angolanas, marginalizadas pela dominação colonialista presente na época. O folclore dos musseques (bairros pobres) cedo fascinou o pequeno Zeca e por isso começou a frequentar e a participar das turmas dos bairros típicos de Angola, onde iniciou a sua actividade musical. Foi no bairro do Marçal que fundou o grupo "Kissueia". Barceló resolve criar o seu próprio estilo musical, afirmando a especificidade da cultura angolana, numa época muito conturbada.
Bonga é produto de uma geração aguerrida e marginalizada que resiste à aculturação da sociedade marginal através do respeito pela música tradicional de Angola. A cultura angolana era dominada pela colonização portuguesa de então (Estado Novo), daí que tanto a língua como a música tradicional fossem discriminadas e impedidas de se manifestar em plenitude" FONTE WIKIPÉDIA.
BONGA,UM OUTRO BONGA, QUE FOI "O QUEBRA CABEÇAS" DOS PORTUGUESES NOS FINAIS DO SÉC.XIX,  EM MOÇAMBIQUE O QUE DIZ A HISTÓRIA DO PASSADO, FONTE RENE PELISSIE:"4) Bonga: princípios pacíficos

Massangano surgia já, seis anos depois da sua fundação, como uma potência militarmente secundária mas já capaz de resistir à acção conjunta (s/c) das tropas locais e europeias e das forças dos senhores de prazos. Na realidade, Nhaude não tivera à sua frente senão uns fantasmas de combatentes, e foi um pouco à pressa que o classificaram entre os inimigos de Portugal. Nunca fez correr sangue de militares do governo, e aquela caricatura de campanha fora organizada contra ele unicamente por instigação de senhores de prazos que defendiam os seus interesses particulares contra os de outro. E esta estranha aliança, em 1854-1855, dos Portugueses com Macanga (embora tivessem sido inimigos em 1841, 1843 e 1849) e com Massingire (estando próxima a prisão, em 1857, de Mataquenha I e para breve, em 1858, a destruição da sua aringa), parece-nos a demonstração da irresponsabilidade e da impotência das autoridades, vulgares instrumentos de negreiros que invocavam a sua qualidade de cidadãos quando esta lhes permitia arruinar um rival.
Nhaude morreu em Maio ou Junho de 1855 e seu filho mais velho, António Vicente da Cruz, dito Bonga (gato bravo, ou gato-tigre), seu cabo de guerra, impôs-se facilmente à frente de Massangano e lá continuaria (1855-1879) para se transformar no sonho mau dos Portugueses. De momento, o capítulo das guerras de Massangano não foi reatado, visto que os doze primeiros anos do reinado de Bonga iam ser os de um senhor de prazo que pagava escrupulosamente o foro, que visitava Tete regularmente para tratar dos seus negócios e para baptizar os filhos e que, quanto ao resto, governava Massangano conforme bem entendia - isto é, era a imagem de um burgrave renano que tivesse ficado anacronicamente na Zambézia a cobrar portagem aos barcos e às caravanas que passassem ao alcance das suas armas e da sua aringa."

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