terça-feira, 19 de novembro de 2013

FAO CONSIDERA MOÇAMBIQUE UM PARCEIRO PRIVILEGIADO

"Moçambique “parceiro privilegiado” da FAO
Milho-peneiraA Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) considera Moçambique um parceiro privilegiado devido ao bom relacionamento existente com as autoridades nacionais, facto que vem contribuindo para a implementação, com sucesso, dos seus programas no país.Em face desta boa colaboração, a FAO deseja que Moçambique continue a ser um 'parceiro privilegiado', com vista a alcançar o objectivo comum de erradicação da fome e garantia da segurança alimentar.Este sentimento foi manifestado na passada Quarta-feira, em Roma, a capital italiana e sede da organização, pela Directora-Geral Adjunta da FAO para a Coordenação dos Recursos Naturais, Maria Helena Semedo, a margem de um encontro que a Primeira-Dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, manteve com as embaixadoras africanas naquele país europeu.Falando a jornalistas moçambicanos, Semedo contou que Moçambique é um dos países onde a FAO tem uma grande e diversificada intervenção em áreas como agricultura, pesca, segurança alimentar, entre outras.“Trabalhamos sozinhos, mas também em parceria com outras organizações das Nações Unidas nomeadamente PMA (Programa Mundial de Alimentação), PNUD (programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) ”, disse.Há algum tempo, segundo Semedo, a FAO e o PMA foram agraciados com uma medalha pelo facto de trabalharem juntos em Moçambique e poderem ter contribuído para a melhoria da segurança alimentar.“Pensamos que temos um grande apoio do Governo moçambicano para a nossa representação no país”, anotou a Directora-Geral adjunta da FAO, reconhecendo a necessidade de a sua organização e demais parceiros fazerem mais e melhor para a consolidação dos programas que estão a ser desenvolvidos em Moçambique.No encontro, que teve lugar na residência da embaixadora de Moçambique, na Itália, e em que a Directora-Geral adjunta da FAO tomou parte, a esposa do presidente da República partilhou, com as diplomatas, a sua experiencia no âmbito dos esforços para a erradicação da fome e melhoria da segurança alimentar e, sobretudo, na necessidade de se elevar o nível de educação das raparigas.
A directora-geral adjunta da FAO disse concordar com a visão da Primeira-Dama pois vai permitir o estabelecimento de uma sociedade igualitária em que a mulher possa desempenhar o papel que lhe cabe no desenvolvimento do país.“ Falamos também do papel da mulher em situação da paz. Sabemos que, quando há guerra, a mulher é mutilada, é violada e, praticamente, as famílias ficam destruídas e a mulher, viárias vezes, deve assumir o papel de chefe da família. É o que se passa nalgumas regiões do continente”, disse Semedo, defendendo que Maria da Luz Guebuza pode ter um papel importante, não só a nível do país, mas também do continente.Neste contexto, a fonte elogiou a Primeira-Dama de Moçambique, vincando que ela tem uma voz que possa defender os interesses do continente africano, “onde temos terras e não são utilizadas, temos água, mas que continuamos a importar alimentos”.Por falta de aproveitamento destes recursos, segundo Semedo, 60 por cento da população africana ainda sofre de fome e malnutrição, sendo que “ a sua voz vai ajudar nesse combate e, com certeza, como líder que ela é, poderá, não só trazer outras primeiras-damas, outras mulheres, mas também fazer com que outros dirigentes possam juntar essa corrente tendente a garantia da segurança alimentar”.Ela recordou que a África ‘e dirigida pelos africanos, no sentido de que o continente tem as suas próprias soluções, que não são e nem devem ser impostas, mas ‘e preciso continuar com a consolidação dos ganhos alcançados até agora.A FAO é uma organização das Nações Unidas cujo objectivo é aumentar a capacidade da comunidade internacional para, de forma eficaz e coordenada, promover o suporte adequado e sustentável para a Segurança Alimentar e Nutrição global. Para isso, realiza programas de melhoria da eficiência na produção, processamento, comercialização e distribuição de alimentos e produtos agro-pecuários, além de apoiar projectos que contribuam para a redução da pobreza rural e o crescimento económico global.Também é missão deste organismo preparar as nações em desenvolvimento para fazer frente a situações de emergência alimentar. Em certos casos, também presta socorro a populações famélicas (em situação de fome). Helena Semedo vem colaborando com a FAO desde 2003. Desde 2009, ela ocupa o cargo de representante do Director-geral, como assistente regional para África, antes da sua nomeação para directora geral adjunta da organização para a coordenação de recursos naturais.Com larga experiência no sector das pescas, agricultura e assuntos rurais, bem como em matéria de recursos naturais, a economista cabo-verdiana ocupou os cargos de secretária de Estado e ministra, durante a década de noventa (RM/AIM)" FONTE: RÁDIO MOÇAMBIQUE.

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