sábado, 24 de maio de 2014

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DE MOÇAMBIQUE, TA, APOSTA NA FORMAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONAL TENDO EM VISTA A CAPACITAÇÃO DOS SEUS QUADROS COM VISTA À CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL DOS SEUS AUDITORES

O TRIBUNAL Administrativo (TA) aposta na capacitação contínua dos seus quadros com vista à certificação internacional dos auditores para poderem fazer face aos desafios cada vez mais crescentes e exigentes na área de auditoria.Ciente das lacunas quanto ao nível de formação do pessoal, o presidente do TA, Machatine Munguambe, considera ser necessário nivelar as áreas de formação para que os auditores possam ser abrangidos pelo projecto de certificação internacional. Falando na última terça-feira em Maputo na cerimónia de abertura do seminário de capacitação do pessoal do TA, Munguambe disse que com a certificação dos auditores para a categoria internacional, além de aumentar o grau de profissionalismo, eleva a capacidade interna da instituição.Munguambe disse ser imprescindível melhorar as qualificações de auditores do TA através da introdução de padrões de auditoria internacionalmente concebíveis.Um relatório financiado pelo Banco Mundial divulgado em finais de Fevereiro último pela organização não-governamental irlandesa (KOSI Corporation), a quem foi adjudicada a consultoria no TA, detectou, naquela instituição, algumas lacunas, entre as quais a ausência e a não conformidade com as Normas Internacionais para Instituições Supremas de Controlo (ISSAIs), a carga pesada do trabalho sobre um pequeno grupo de liderança, a ausência de habilidades nas tecnologias de informação e de um ambiente propício para tais tecnologias, bem como no que tange a retenção de pessoal.Face às recomendações do relatório, para que o TA implemente um plano de desenvolvimento do pessoal em três anos deve gastar cerca de dois milhões de dólares norte-americanos. Adjacente ao relatório, o TA elaborou um projecto de formação do quadro interno para que possa, além de apetrechar, obter uma certificação internacional dos seus auditores.Para o projecto de formação do novo quadro de auditores o presidente do TA exigiu o cometimento de todos em estar dispostos a catapultar os objectivos da instituição. “O projecto não vai auferir o desejado se não for assegurado com toda a sinceridade. Este projecto é de todos”, disse.O projecto está incorporado no Plano Corporativo do TA para o período 2011-2014, que visa, sobretudo, credenciar e preparar os auditores para os desafios crescentes na área de auditoria, em geral, e no sector público, em particular, e a consequente certificação internacional dos seus auditores.Por seu turno, o contador-geral da Contadoria de Contas e Auditorias (CCA), Jeremias Zuande, disse, após ter reconhecido as lacunas quanto ao nível de formação do pessoal, ser necessário nivelar as áreas de formação para que os auditores possam ser abrangidos pelo projecto de certificação internacional.“Já temos a clareza daquilo que são as lacunas no que diz respeito à formação. Temos auditores com formação de nível médio e outros com nível superior. O que devemos fazer é trazer uma formação unificada a todos os auditores”, disse.Zuande afirmou que o TA tem vindo a formar seus quadros, embora de uma forma ad-hoc, tendo destacado que naquele evento poderá sair um plano de acção que vai conduzir as várias vertentes de treinamento do pessoal.O relatório recomenda, sobretudo, um plano de recrutamento do pessoal, uma revisão funcional, programas de desenvolvimento da gerência e de liderança, uma actualização de manuais e procedimentos existentes no TA.Participam no seminário, que termina quarta-feira, juízes-conselheiros, o secretário-geral e outros quadros seniores do TA, representantes das embaixadas dos países e das organizações parceiras da instituição. (AIM)"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

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