domingo, 31 de janeiro de 2016

MAPS ALIANÇA DE FALANTES DE PORTUGUÊS DE MASSACHUSETTS PROGRAMA PARA AJUDAR OS IMIGRANTES DE LINGUA PORTUGUESA A ENCONTRAR TRABALHO.

Novo programa ajuda imigrantes de língua portuguesa a encontrar emprego nos EUA

31 de Janeiro de 2016, 12:40
A Aliança de Falantes de Português de Massachusetts (MAPS, na sigla em inglês) está a desenvolver um programa para ajudar os imigrantes de língua portuguesa a encontrar trabalho, disse à Lusa fonte da organização.
"É muito importante que tenhamos um entendimento claro das necessidades das nossas comunidades para que as possamos servir da melhor forma", explicou em nota enviada à Lusa a directora dos Serviços de Integração de Imigrantes da MAPS, Dulce Ferreira.
O novo programa chama-se MAPS Step-Up e, durante esta fase inicial, vai procurar averiguar as necessidades da comunidade em termos de formação profissional e emprego e criar uma série de soluções.
"Esperamos que, ao contribuirmos para a eliminação de barreiras linguísticas e culturais, conectando os nossos clientes com empregadores e oportunidades de formação, lhes possamos dar as condições para avançarem nas suas carreiras e arranjarem melhores empregos, com melhores remunerações", explicou Dulce Ferreira.
A MAPS, que auxilia mais de 10 mil falantes de português todos os anos, garante que o programa já ajudou vários associados a conseguir emprego.
A organização já estabeleceu parcerias com instituições de formação profissional, bem como com entidades empregadoras.
O programa também vai financiar aulas de Inglês e formação profissional em Inglês.
Nesta primeira fase, está disponível para falantes de português que residam em Boston, através dos escritórios da organização de serviços sociais e de saúde em Dorchester e Brighton.
O programa será financiado com uma bolsa da cidade de Boston, a Community Development Block Grant, que nos últimos sete anos apoiou 321 projectos, atribuindo uma média de 741 mil dólares (cerca de 678 mil euros) a cada um.
Com seis escritórios em Massachusetts, a missão da MAPS é ajudar a população de portugueses, brasileiros e cabo-verdianos do estado a obter serviços de saúde e sociais adequados.
Segundo os últimos censos, existem 439 mil portugueses, cabo-verdianos e brasileiros em Massachusetts, mais os seus descendentes.
Lusa"
FONTE: SAPO MZ

BAD APOIA PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO EM MOÇAMBIQUE: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE FILIPE JACINTO NYUSI, INFORMOU O PRESIDENTE DO BAD BANCO AFRICANO DE DESENVOLVIMENTO, AKINWUMI ADESINA, COMO ÁREAS PRIORITÁRIAS DESSE APOIO: AGRICULTURA, INFRA ESTRUTURAS, TURISMO E ENERGIA.

BAD VAI CONTINUAR A APOIAR PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO EM MOÇAMBIQUE

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BAD vai continuar a apoiar projectos de desenvolvimento em Moçambique
O Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, BAD Akinwumi Adesinareiterou a vontade da sua instituição de continuar a conceder apoio financeiro a Moçambique para os projectos virados aos sectores agrário e energético.
 A vontade foi expressa durante a audiência que o Presidente da República, Filipe Nyusi, concedeu, este sábado, ao Presidente daquela instituição financeira, à margem da Cimeia da União Africana que decorre em Adis Abeba, a capital da Etiópia.
No encontro, o Chefe do Estado moçambicano informou ao Presidente da BAD as áreas prioritárias para o desenvolvimento socio-económico do país, nomeadamente a agricultura, infra-estruturas, turismo e energia.
Importa referir que actualmente o Banco Africano de Desenvolvimento apoia em 15 projectos nas áreas de desenvolvimento de infra-estruturas rodoviárias, de energia, irrigação bem como de apoio social e Orçamento do Estado. (RM)"
FONTE: RÁDIO MOÇAMBIQUE.

EMPREGO EM MOÇAMBIQUE: POLITICA DE EMPREGO PREVÊ A MINISTRA DO TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL VICTÓRIA DIAS DIOGO TENHA COMO UM DOS SEUS PRINCIPAIS EIXOS A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL VOLTADA PARA A INSERÇÃO E MANUTENÇÃO DOS CIDADÃOS NO MERCADO DE TRABALHO

O processo de elaboração da Política de Emprego, um instrumento do qual se espera venha a contribuir para a melhoria do funcionamento do mercado de trabalho, tanto do lado da procura, como da oferta, acaba de ser lançado em Moçambique.
Espera-se, igualmente, que o instrumento contribua para melhorar a planificação das acções de formação profissional, de acordo com as necessidades do tecido empresarial, assim como proporcionar um conhecimento real sobre a evolução do mercado de emprego.  
O processo de elaboração deste instrumento, que inclui a realização de seminários de auscultação nas províncias, terá a duração de cinco meses, devendo iniciar na primeira semana de Dezembro próximo e ser concluído em Abril de 2016, quando for apresentado o relatório final e a proposta.
A Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Victória Dias Diogo, que dirigiu a cerimónia, ocorrida na última quarta-feira, disse esperar que a Política de Emprego tenha como um dos seus principais eixos a qualificação profissional voltada para a inserção e manutenção dos cidadãos no mercado de trabalho.  
Nesse sentido, Victória Dias Diogo referiu-se à “necessidade da contribuição e participação activa de todos os segmentos da sociedade para que este processo resulte num instrumento de qualidade e agregador de várias sensibilidades”. 
Para a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), a elaboração da Política de Emprego irá lançar bases para a resolução de um dos problemas sociais com que o País se debate, o desemprego, e criar condições para a criação de postos de trabalho para a maioria dos moçambicanos, com destaque para os jovens. 
Para Rui Monteiro, Vice-Presidente da CTA, “a geração de postos de trabalho passa pela existência de políticas e estratégias do Governo que propiciem um bom ambiente de negócios e de investimentos”. 
Este é um assunto que se reveste de extrema importância no nosso País, se tomarmos em conta que o nível de absorção da população activa que anualmente entra para o mercado de trabalho, de cerca de 300 mil jovens, é bastante baixo e que, por consequência, a taxa de desemprego, segundo dados oficias, se situa próximo dos 30 por cento”, disse Rui Monteiro.
No mesmo dia, teve início o Fórum de Negócios Índia-África Subsaariana (Namaskar Africa 2015), um encontro que junta homens de negócio daquele País asiático e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral.  
Importa realçar que durante o encontro foi assinado um memorando de entendimento entre a Confederação das Associações Económicas de Moçambique e a Federação das Câmaras da Indústria e Comércio da Índia visando o incremento dos níveis de investimento e cooperação entre os dois Países"
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE.

sábado, 30 de janeiro de 2016

MOÇAMBIQUE A CAMINHO DE UM LIDER DO DESENVOLVIMENTO AFRICANO E GLOBAL, DESDE QUE FAÇA O USO APROPRIADO DOS RENDIMENTOS DO FUTURO PROJECTO DE GAS NATURAL LIQUIFEITO (LNG) NA BACIA DO ROVUMA, EM CABO DELGADO. EU ACREDITO QUE SIM, HAJA PAZ, TRANQUILIDADE E RESPEITO PELA PESSOA HUMANA

O USO apropriado dos rendimentos do futuro projecto de Gás Natural Liquifeito (LNG), na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, pode tornar Moçambique num líder do desenvolvimento africano e global.
Esta é a visão do Issa Baluch, especialista em logística e membro sénior do programa Iniciativa Avançada de Liderança da Universidade de Harvard, que neste momento, prepara um livro intitulado “Moçambique: A Estrela de África-2035”.
Baluch defende que para que o país seja líder terá de implementar políticas adequadas seguidas pelo desenvolvimento de infra-estruturas e uso apropriado dos rendimentos do futuro projecto de Gás Natural Liquifeito.
Acrescenta que as reservas de gás de Moçambique (200 triliões de pés cúbicos) vão tornar o país no terceiro maior produtor de LNG do mundo. Acredita, por isso que “com a orientação de pessoas como Lopes Ndelana, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, e o actual presidente Filipe Nyusi, bem como da nova geração de tecnocratas de Moçambique, o país pode evitar a armadilha da “maldição do petróleo” de outros países africanos e realmente se tornar “A Estrela de África”.
“Conheci pela primeira vez Lopes Ndelana quando visitei Moçambique em 2010 como membro do Conselho de Administração de uma companhia petrolífera internacional que tinha interesses na exploração em Cabo Delgado. Desde o primeiro momento que o conheci fiquei encantado com a profundidade do seu conhecimento e a amplitude da sua experiência. O seu papel no movimento de independência, a sua ligação estreita com figuras políticas que eu só conhecia através da leitura da história, e a sua dedicação a uma causa que consumiu a sua vida fez-me querer conhecer pessoalmente este homem. Durante os últimos cinco anos este desejo foi realizado, e estabelecemos uma amizade pessoal e respeito mútuo”, refere Beluch.
Como um especialista em logística, Issa Beluch já escreveu dois livros sobre a matéria. Por causa das aulas sobre a História de Moçambique desenvolveu um desejo de escrever sobre este país.
“Nos meus dois primeiros livros, Logística de Transportes: A Roda de Comércio e Logística de Transportes: Passado, Presente e Previsões, um número de diferentes países são abrangidos, mas depois de inúmeras visitas a Moçambique e ver o potencial desse país, decidi escrever o meu terceiro livro sobre um único país; Logística de Transportes: “Moçambique A Estrela de África-2035”, acrescenta a fonte.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

HEALTH4MOZ COLECTIVA DE ARTISTAS SOLIDÁRIOS COM A HEALTH4MOZ, ART4MOZ, DOURO MARINA, AFURADA, VILA NOVA DE GAIA, PRESENTES VÁRIAS INDIVIDUALIDADES EMBAIXADORA DE MOÇAMBIQUE EM PORTUGAL, FERNANDA MOISÉS LICHALE, CONSUL GERAL DE MOÇAMBIQUE NO PORTO E ZONA NORTE DE PORTUGAL, AFONSO CHAMBE, DE 29 DE JANEIRO SEXTA-FEIRA A DOMINGO 31 DE JANEIRO ABERTA AO PUBLICO DAS 14H00M ÀS 19H00m, SINTAM-SE CONVIDADOS



"Aos que estiveram connosco no magnifico cocktail de inauguração da ART4MOZ, o nosso muito obrigada! A arte do canto, da palavra, da pintura e da escultura juntaram-se em prol da solidariedade científica, em momentos de uma beleza extraordinária! S Excia a Sra Embaixadora de Moçambique fez uma emocionante intervenção, que muito nos honra e que prestigia o nosso trabalho.
 
Aos que não puderam estar, a Exposição está fabulosa, com obras emblemáticas dos melhores pintores e escultores. Apareçam de 6ª a Domingo, das 14h00 às 119h00! Levem amigos e conhecidos pois importa não esquecer que se trata de uma COLECTIVA DE ARTISTAS SOLIDÁRIOS COM A HEALTH4MOZ, o que significa que pretendemos juntar o gosto pela arte com o apoio na compra de obras! A oportunidade é única!!
 
Na 6ª feira a exposição encerra com um Red Wine Sunset, às 17h00. A Douro Marina - junto ao cais da Afurada - é um local de uma enorme beleza natural, ideal para um fantástico final de tarde de um dia que será de sol!
 
Sensibilize TODOS os que conhece pela causa da Health4MOZ, em prol da saúde em Moçambique.
 
Contamos consigo e ... muitos amigos durante os próximos 3 dias, na Douro Marina
 
Obrigada  pelo seu apoio!"









PORTUGAL MEDIADOR ENTRE EUROPA E ÁFRICA, PORTUGAL ASSUME-SE COMO UMA PONTE POSIÇÃO DEFENDIDA POR AUGUSTO SANTOS SILVA MINISTRO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS DE PORTUGAL NA CIMEIRA AFRICANA


Portugal é "mediador" da relação entre Europa e África - ministro Santos Silva

Adis Abeba – Portugal assume-se como “uma ponte” na relação entre a Europa e África, funcionando como “mediador e facilitador” dessa relação, uma posição que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, defendeu na cimeira da União Africana.
O chefe da diplomacia portuguesa assistiu, entre terça-feira e quinta-feira, à cimeira da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia, onde representou o país para dar um “sinal político do ponto de vista da cooperação entre a União Europeia e a União Africana e do papel de ponte que Portugal sempre desempenhou e desempenha na relação entre Europa e África”, disse Santos Silva à Lusa."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

CIMEIRA DA UNIÃO AFRICANA ENSINO DO PORTUGUÊS E RELAÇÕES COMERCIAIS DOMINAM ENCONTROS DO MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DE PORTUGAL AUGUSTO SANTOS SILVA E OS SEUS HOMÓLOGOS DA GUINÉ BISSAU, SÃO TOMÉ E PRINCIPE, NIGÉRIA, SENEGAL, NAMIBIA, ETIÓPIA, GANA, COSTA DO MARFIM, EGIPTO,E REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO


Ensino do português e relações comerciais dominam encontros de MNE com homólogos africanos

Adis Abeba – O ensino do português e o aprofundamento das relações comerciais foram os principais temas abordados pelo chefe da diplomacia portuguesa com homólogos de países africanos à margem da cimeira da União Africana, na Etiópia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Assuntos Santos Silva, assistiu entre terça-feira e quinta-feira à cimeira da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia, à margem da qual manteve encontros “muito produtivos” com os homólogos da Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Nigéria, Senegal, Namíbia, Etiópia, Gana, Costa do Marfim, Egito e República Democrática do Congo. "
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DE MOÇAMBIQUE DEVEM PARTICIPAR NA EXPLORAÇÃO DE GÁS E PETRÓLEO, DEFENDEU O PRESIDENTE DA CTA ROGÉRIO MANUEL

Empresários moçambicanos defendem participação de PME nos projetos de gás e petróleo

Maputo - O presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Rogério Manuel, defendeu quinta-feira a participação de Pequenas e Médias Empresas (PME) na exploração de gás e petróleo em Moçambique.
"A exploração efetiva destes recursos naturais oferece uma oportunidade ímpar de desenvolver o capital humano nacional, implantar projetos de infraestruturas e, sobretudo, desenvolver as pequenas e médias empresas", afirmou Rogério Manuel, falando durante a abertura do "Seminário sobre as Oportunidades de Negócio na Bacia do Rovuma", realizado quinta-feira em Maputo."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

BATATA DOCE DESCOBERTA EM MOÇAMBIQUE QUE PODE AJUDAR A COMBATER O CANCRO

Notícias / Moçambique

Moçambique: Novo tipo de batata-doce pode ajudar na luta contra o cancro

O tubérculo, que tem a polpa rocha, foi descoberto pela primeira vez em África.
Colheita de batata-doce em Moçambique
Colheita de batata-doce em Moçambique
Francisco Júnior
Descoberta em Moçambique batata-doce que pode ajudar a combater o cancro.
Moçambique: Novo tipo de batata-doce pode ajudar na luta contra o cancro 3:00
O tubérculo, que tem a polpa rocha, foi descoberto por especialistas do Centro Internacional da Batata em parceria com o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique.
Desde 2011, o Centro Internacional da Batata já libertou 15 variedades de batata-doce de polpa alaranjada.
Todas essas variedades são tolerantes à seca e estão presentes em todas as 11 províncias de Moçambique.
Até agora, já foram distribuídas a 250 mil famílias camponesas.
Nos últimos tempos, e juntamente com o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, o Centro Internacional da Batata fez trabalhos de melhoramento genético de selecção nos seus blocos de cruzamento e em campos experimentais e de agricultores em pelo menos seis províncias moçambicanas.
Agora está a libertar  outras nove variedades de batata-doce.
É considerada uma grande novidade, pois, segundo Isabel Andrade, representante do Centro Internacional da Batata em Moçambique e melhorista sénior da batata para as regiões de África e Ásia, é uma descoberta fabulosa por ser a primeira vez que isso acontece no continente africano e também pelas características da referida batata.
Andrade, não exclui, no futuro, a possibilidade de exportar a batata.
Um dos potenciais destinos poderá ser o Japão.
Por causa dos seus atributos medicinais, a batata de polpa rocha é muito apreciada pelos japoneses.
Isabel Andrade encontra-se na China  para participar numa conferência internacional sobre raízes e tubérculos."
FONTE: VOA MOÇAMBIQUE, A VOZ DA AMÉRICA.

AEROPORTOS DE MOÇAMBIQUE: MAPUTO E BEIRA PODERÃO SER CERTIFICADOS ATÉ JUNHO DE 2016

A TVM TELEVISÃO DE MOÇAMBIQUE ACABA DE ANUNCIAR ESTA MANHÃ NO SEU NOTICIÁRIO E EM GRANDE REPORTAGEM QUE OS AEROPORTOS DAS CIDADES CAPITAIS DE MAPUTO E BEIRA PODERÃO ESTAR CERTIFICADOS ATÉ JUNHO DE 2016.

MALANGATANA, O MESTRE DE MOÇAMBIQUE

PASSAM cinco anos após a morte de Malangatana Valente Ngwenya, um dos pilares das artes em Moçambique. A herança deste multifacetado personagem está espalhada pelo país e pelo mundo. O seu corpo foi recebido pela terra que o viu nascer, Matalana, mas os seus sonhos não morreram com ele. Estão vivos no íntimo dos seus familiares e precisam de apoios para se materializar.
Estivemos em Matalana, semana passada, e vimos uma terra a clamar por água. A terra era ornamentada por folhas secas e estrume de animais. O cruzamento de cheiros e a pureza do oxigénio brindavam o nosso olfacto. Insectos circulavam, e quem não conhece a natureza ficaria horrorizado com os movimentos. O cântico dos pássaros intercalava com agitação dos movimentos da folhagem das árvores, produzindo um som único e particular. O silêncio da zona é característico. O número de árvores é maior que o de pessoas. A nossa Reportagem viu poucos jovens, mais mulheres idosas e crianças. E sentiu que aquele coquetel de características era uma espécie de soneto com uma quadra de um terceto a menos. E essa quadra ou terceto é Malangatana.
No meio da vegetação, o mármore da campa de Malangatana destaca-se. Antes de visitarmos a sua casa, trocámos, em silêncio, algumas palavras com o artista plástico. Depois de dezenas de passos, visualizámos a casa do multifacetado artista. As paredes ainda guardam a sua arte. O arquitecto José Forjaz projectou a casa e o ateliê, e Malangatana deu um traço artístico aos edifícios. Da casa, é possível visualizar um mar de árvores ordenadas pela força da natureza.
Responsabilidade é a palavra que segue o filho mais velho do artista, Mutxhini. Sua tarefa e da família é manter os sonhos de Malangatana vivos. Mas a obrigação não é só deles, pois as obras do mestre são para a sociedade.
A Fundação Malangatana Ngwenya é um dos sonhos do artista plástico. Em Julho de 2006 foi lançada a primeira pedra, e hoje já é uma realidade. Segundo Mutxhini, falta um edifício próprio e apoios para que as actividades decorram sem sobressaltos. “Estamos instalados em edifícios de terceiros, seria mais confortável para nós se a Fundação tivesse instalações próprias”, declarou.
Além desse obstáculo, a família debate-se com insuficiência de recursos materiais e financeiros para dar vida aos projectos de Malangatana. “Precisamos de recursos humanos, pessoas para trabalhar na Fundação, para a preservação das obras e em outras actividades. Dinheiro para pagar as pessoas e dar andamento às actividades”.
Na sua última entrevista publicada a título póstumo pelo semanário “Domingo”, Malangatana explica que a sua fundação foi criada para apoiar a Antropologia, Psicologia, investigação e criar uma pequena escola de artes em Matalana.
A casa do mestre ainda não está totalmente concluída, falta a instalação de energia e sistema de canalização. O primogénito do mestre avançou que a pretensão da família é transformar a residência em museu.  
O Centro Cultural de Matalana, de que Malangatana é co-fundador, acolhe vários eventos culturais. Deles, podemos destacar o Festival Marrabenta, que anualmente passa por esse local. No entanto, o centro não está em pleno funcionamento. De acordo com Mutxhini, deveriam ser integradas mais actividades para que o local sirva na plenitude para o engrandecimento das artes naquela localidade e no país.
“Pretendíamos formar crianças. Até o fizemos, mas não de forma regular como pretendíamos. As pessoas que executam as actividades vivem longe de Matalana e a deslocação para aqui acarreta custos, e as actividades também”.
Mutxhini constata que existe muita vontade de ajudar. “Mas faltam acções concretas por parte de instituições, inclusive do Ministério da Cultura e Turismo. Muitas das obras de Malangatana precisam ser restauradas. Precisamos de meios para catalogar e preservar a herança de Malangatana”.
A família já denunciou vários casos de falsificação, plágio, roubos e uso indevido das obras do artista plástico. “Não recebemos uma resposta, uma reacção, contundente por parte das instituições responsáveis, como a Procuradoria-Geral da Republica”, rematou.
UM ARTISTA MULTIFACETADO
“O Crocodilo de Matalana”, como foi carinhosamente tratado, manifestou a sua arte em diversas formas, através do desenho, da pintura, da escultura, cerâmica, murais, poesia, dança e música.
Além de fazer, o Mestre cultivou o gosto pelas artes em outros. Na sua residência no bairro do Aeroporto, cidade de Maputo, recebia vários aspirantes a artistas. Também executou actividades ligadas ao ensino, por 11 anos, na Escolinha Vamos Brincar, criada por Ivone Mahumana.
“Para mim, o importante não é ensinar a pintar ou desenhar, mas sim fazer com que a pessoa se assuma e tenha ideias próprias sobre o que vai fazer com que se sinta segura.”, dizia em vida o artista.  
Noel Langa fez saber, numa reportagem publicada neste Jornal, um dia após a morte de Malangatana, que o Mestre era como um pai e amigo. “Graças a ele, tornei-me no artista plástico que sou. Conheci-o em 1955, na então cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo. Foi o meu mestre e conselheiro, não havia nada que fizesse sem o consultar”, revelou.
Passam cinco anos. E a obra de Malangatana preenche galerias de Moçambique e do mundo. O seu trajecto artístico é exemplar para muitos, inspiração para as futuras gerações. O legado deste pilar das artes nacionais mantém-se na nossa consciência. Os seus sonhos, projectos correm risco. É nosso papel, como sociedade, mantê-los acesos. 
PERCURSO ÚNICO
MALANGATANA nasceu a 6 de Junho de 1936 em Matalana. Com 11 anos de idade, viu-se na contingência de ser aprendiz de “nyamussoro” (médico tradicional) para ajudar a sua mãe doente. Muda-se para Lourenço Marques – actual Maputo – à procura de trabalho. Foi doméstico, apanhador de bolas num clube de ténis, local onde se relacionou com indivíduos ligados às artes. Trabalhava durante o dia e estudava à noite.
Augusto Cabral, sócio e frequentador do clube de ténis, ofereceu-lhe material de pintura, ajudando-o também a vender os primeiros trabalhos.
Em 1958 ingressou no Núcleo de Artes, onde conhece e mantém contacto com outros nomes da área. Aí, o arquitecto português Amâncio de Alpoim de Miranda Guedes, ou simplesmente Pancho Guedes, encontra-o e leva-o para a sua garagem, que passa a ser o ateliê do pintor – tornado-se naquela altura o único pintor de Moçambique, vivendo só da pintura - porque o quadro que Pancho lhe comprava por mês lhe dava mais do que o seu vencimento como empregado indígena.
As suas primeiras aparições em público dão-se em 1959, quando participa em três exposições colectivas em Lourenço Marques, actual Maputo. Em 1961 realiza a sua primeira individual e participa numa colectiva na Cidade do Cabo, na África do Sul.
A partir dessa data, as suas participações em colectivas e a realização de individuais sucedem-se por várias partes do mundo. África do Sul, Alemanha, Angola, Áustria, Bulgária, Checoslováquia, Chile, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Índia, Itália, Nigéria, Noruega, Paquistão, Portugal, Zimbabwe, entre outros países, tiveram a oportunidade de apreciar a sua obra.
Nos anos 1960 publica alguns poemas até ser indiciado como membro Frelimo. É preso, mas acaba absolvido. Volta a ser detido por motivos políticos, em 1971, numa altura em que assegurara uma bolsa da Fundação Gulbenkian para estudar cerâmica.
Participa em diversas acções de alfabetização, tornando-se um dos fundadores do Movimento Moçambicano para a Paz. Fez parte dos Artistas do Mundo contra o Apartheid, movimento de segregação racial que prevaleceu na África do Sul até 1994.
Ao longo da sua vida, Malangatana ganhou diversos prémios, dos quais se destacam a Medalha Nachingwea, pela contribuição para a cultura moçambicana, e investidura, a 16 de Fevereiro de 1995, como Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Em 1997, a UNESCO nomeou-o Artista pela Paz e recebeu o prémio Príncipe Claus.
Recebeu o título de Doutor Honores Causa pela Universidade de Évora em 2010 e foi condecorado pelo governo francês como Comendador das Artes e Letras. Malangatana foi também um dos poucos estrangeiros a ser nomeado membro honorário da Academia de Artes da República Democrática Alemã. Morre a 5 de Janeiro de 2011, no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, Portugal."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

REGADIOS UM BOM CAMINHO PARA A AGRICULTURA EM MOÇAMBIQUE, BANCO MUNDIAL FINANCIA NOVENTA MILHÕES DE DÓLARES EM PROJECTOS NAS PROVINCIAS DE MANICA, SOFALA E ZAMBÉZIA

BM FINANCIA COM CERCA DE USD 90 MILHÕES PROJECTOS DE IRRIGAÇÃO NO CENTRO DO PAÍS

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BM financia com cerca de USD 90 milhões projectos de irrigação no centro do País
O Banco Mundial financia com cerca de noventa milhões de dólares projectos de irrigação agrícola no centro do País.
O financiamento visa minimizar o impacto da seca em algumas regiões de Manica, Sofala e Zambézia.
 Ao revelar a informação, o coordenador do PROIR (Projecto integrado de irrigação sustentável) na província de Manica, Leonardo Lucas, disse que pretende-se com o financiamento, durante seis anos, aumentar a produção e produtividade em todas as regiões abrangidas pelo projecto.
Leonardo Lucas afirmou ainda que as pequenas associações produtoras deverão contribuir no aumento da produção agrícola de culturas alimentares e de rendimento, para o aumento da renda dos pequenos produtores nas províncias de Manica, Sofala e Zambézia.
 O total dos regadios entregues soma onze, comportando uma área de trezentos e cinquenta e cinco hectares. (RM Manica)"
FONTE: RÁDIO MOÇAMBIQUE.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

MARCELO REBELO DE SOUSA, PRESIDENTE DA REPÚBLICA ELEITO DE PORTUGAL E MOÇAMBIQUE: FILIPE JACINTO NYUSI PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE DECLARA TOTAL DISPONIBILIDADE PARA TRABALHAR COM MARCELO REBELO DE SOUSA

Presidenciais: Filipe Nyusi declara “total disponibilidade” para trabalhar com Marcelo

25 de Janeiro de 2016, 17:42
O chefe de Estado moçambicano felicitou hoje Marcelo Rebelo de Sousa pela sua eleição como Presidente da República de Portugal e declarou "total disponibilidade" para que ambos trabalhem no aprofundamento das relações entre os dois países.
"Manifesto a minha total disponibilidade para trabalhar consigo de modo a que as relações entre a República de Moçambique e a República Portuguesa continuem a consolidar-se para o progresso económico e social dos nossos povos e países", declarou Filipe Nyusi numa mensagem enviada a Marcelo Rebelo de Sousa, vencedor das presidenciais realizadas no domingo.
Expressando "grande satisfação" pelo resultado das presidenciais e "votos de muitos sucessos" no mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe de Estado moçambicano disse estar convicto de que, com esta eleição, "os laços de amizade que, desde sempre, unem os dois povos e países continuarão a ser fortalecidos e aprofundados".
Para Filipe Nyusi, a parceria histórica entre os dois países tem sido testemunhada por "excelentes relações de amizade, solidariedade e cooperação e por progressos assinaláveis na esfera económica", salientando o aumento do investimento português em Moçambique.
O chefe de Estado moçambicano referiu ainda que interpreta a escolha do eleitorado português como "uma prova do reconhecimento das qualidades pessoais e profissionais" de Marcelo Rebelo de Sousa, caracterizadas pela "integridade, empenho e dedicação" durante o seu percurso político.
Em entrevista à Lusa, antecedendo uma visita a Maputo no início de Dezembro, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, caso fosse eleito, esperava contribuir para "um entendimento natural" nas relações com Moçambique, país que classificou como a sua "segunda pátria".
"Quaisquer que sejam as funções que assumirei no futuro, está presente em Moçambique um tratamento privilegiado, um carinho especial e um entendimento natural que passa por muita gente moçambicana, muita dela responsável, e pelo estreitamento de relações entre países, instituições, economias, culturas e universidades", declarou o então candidato presidencial.
O ex-comentador político participou em Dezembro no primeiro Fórum Social e Económico de Moçambique (Mozefo), realizado na capital moçambicana, onde viveu parte da sua juventude quando o seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, era governador-geral da antiga colónia portuguesa.
As relações entre Portugal e Moçambique têm sido marcadas nos últimos anos por encontros ao mais alto nível, tendo o Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, sido o único chefe de Estado não africano a testemunhar a posse de Filipe Nyusi, em 15 de Janeiro de 2015.
O novo Presidente moçambicano escolheu por sua vez Portugal para a sua primeira visita de Estado fora do continente africano, realizada em Julho do ano passado.
Marcelo Rebelo de Sousa foi no domingo eleito Presidente da República com 52% dos votos, uma percentagem acima dos 50,5% conseguidos na primeira eleição pelo seu antecessor, Cavaco Silva, em 2006.
O ex-líder do PSD e comentador político tornou-se no quinto Presidente da República portuguesa desde o 25 de Abril de 1974, numas eleições em que se registou uma abstenção de 51%.
Segundo os dados do Ministério de Administração Interna, Marcelo obteve 52%, seguindo-se Sampaio da Nóvoa (22,89%), independente apoiado por personalidades do PS, Marisa Matias (10,13%), apoiada pelo BE, Maria de Belém (4,24%), militante do PS, Edgar Silva (3,95%), apoiado pelo PCP, Vitorino Silva (3,28%), Paulo de Morais (2,15%), Henrique Neto (0,84%), Jorge Sequeira (0,3%) e Cândido Ferreira (0,23%).
Lusa"
FONTE: SAPO MZ