quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

JOSE PACHECO MINISTRO DA AGRICULTURA E SEGURANÇA ALIMENTAR DE MOÇAMBIQUE PARTICIPA NO VIII FORUM GLOBAL PARA A ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA EM BERLIM ALEMANHA

MOÇAMBIQUE PARTILHA POTENCIAL DA AGRICULTURA NO FÓRUM GLOBAL

14-01-2016 13:11:48

Por Leonel Muchano, da AIM, na Alemanha

Berlim, 14 Jan (AIM) – O Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, reafirmou o interesse de Moçambique em partilhar as suas potencialidades neste ramo que desempenha um papel fundamental para o seu desenvolvimento socioeconómico, bem como atrair investimentos destinados a consolidar e diversificar os ganhos até então conseguidos.

Pacheco reiterou o desiderato do país a margem do VIII Fórum Global para Alimentação e Agricultura (GFFA), evento regular que hoje inicia na cidade de Berlim, sob os auspícios da República Federal da Alemanha e conta com a participação dos ministros da agricultura de vários países, bem como de agentes económicos que actuam na cadeia de valores nos vários países e no mundo.

No encontro de três dias, que decorre sob o lema “Como Alimentar as Cidades? A Agricultura e as Zonas Urbanas na Era da Urbanização”, os países vão, nos três painéis principais da conferência, avaliar do estágio actual da agricultura no mundo e as medidas a tomar para garantir que ela corresponda as suas expectativas, assim como as necessidades da segurança alimentar e nutricional dos países, em particular, e do mundo em geral.

O segundo momento que, de acordo com o ministro, é de maior interesse para Moçambique pois consiste num painel de negócios onde cada país vai partilhar as suas potencialidades. Aliás, mais do que isso, os países concentrar-se-ão na atracção de investimentos e este será o papel que, durante os debates do encontro, o país pretende desempenhar neste segundo painel.

O terceiro e último painel, reservado aos ministros da agricultura dos vários países, as incidências dos debates estarão, segundo o titular da pasta da agricultura e segurança alimentar, viradas para a avaliação situacional de cada país e a contribuição que se pode esperar no quadro de esforços em curso destinados a garantir uma maior e melhor disponibilidade alimentar à humanidade.

O Fórum Global para Alimentação e Agricultura realiza-se numa altura em que os estudos mostram uma nova tendência traduzida no facto de mais de mais de metade da população mundial estar a viver actualmente em zonas urbanas.

Segundo as estimativas e projecções, três quartos da população mundial, cerca de sete biliões, estarão, até 2050, a viver nas cidades, realidade que coloca a urbanização globalização como tendências e desafios dos tempos modernos.

Por isso, é em face desta nova realidade que a tónica dominante dos debates, à escala global, se têm centrado na identificação de medidas visando assegurar uma melhor e mais eficiente provisão, às zonas urbanas, de recursos habitação, água potável, energia, educação, saúde assim como fontes de rendimento.

Os estudos até então realizados são unânimes em afirmar que a urbanização além de transformar, de várias maneiras, a estrutura das cidades não deixa de fora as zonas rurais.

A margem do Fórum Global vai decorrer uma feira internacional onde será exibida uma diversidade de produtos agrícolas, pacotes tecnológicos, onde apesar de Moçambique não estar representado, vai, nesta edição, procurar explorar formas de assegurar a sua presença em futuras ocasiões com os produtos que já oferece aos mercados internacionais.

Segundo José Pacheco, o país conseguiu tornar-se auto-suficiente em culturas básicas alimentares como é o caso do milho, mandioca e feijões. O pelouro, segundo a fonte, conseguiu assegurar que os actuais níveis de produção dessas culturas se mantenham, mas, por outro lado, a empreender esforços para se tornar superavitário no arroz, onde o défice anda na ordem de 200 mil toneladas.

O Fórum Global para Alimentação e Agricultura é uma conferência internacional que centra as atenções em questões relativas ao futuro da indústria global agro-alimentar. Constitui, por outro lado, uma oportunidade para os políticos, homens e negócio, cientistas e a sociedade civil partilhar ideias e consolidar a compreensão acerca do tema eleito da actual política agrária.
(AIM)
LE/SG(AIM)
FONTE: SAPO MZ

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