sábado, 23 de janeiro de 2016

PORTUCEL MOÇAMBIQUE PROJECTO REVISTO EM ALTA: PASSOU PARA 3 MILHÕES DE DÓLARES


MOCAMBIQUE/INVESTIMENTO DA PORTUCEL REVISTO EM ALTA

22-01-2016 15:58:37
Maputo, 22 Jan (AIM) – A Portucel reviu em alta o investimento do projecto de desenvolvimento florestal em Moçambique, devendo aumentar em 50 por cento a sua produção do projecto, esperando que o investimento atinja agora três mil milhões de dólares americanos.

A fatia orçamental está muito acima dos 2,5 milhões de dólares inicialmente previstos para o projecto que está em desenvolvimento nas províncias de Manica e Zambézia, centro do país.

O presidente executivo da Portucel Moçambique, Pedro Moura, citado pela agência noticiosa “Reuters”, disse que desde o arranque do projecto surgiram várias inovações tecnológicas nos equipamentos de produção que permitiram aumentar o potencial de produção, cujo arranque está previsto para 2013.

“A capacidade de produção deverá aumentar em 50 por cento. Feitas as contas, o investimento vai chegar a três mil milhões de dólares com a componente industrial a ser a componente mais forte”, acrescentou Moura.

A Portucel, que tem o controlo accionista do projecto no país, continua à procura de investidores que ajudem a financiar o plano, que visa plantar 40 mil hectares com eucaliptos no final de 2017. O projecto arrancou em 2015, um ano atrasado, devido a demoras no licenciamento.

A Portucel contratualizou com Maputo o direito de utilização e acesso a terra por um período de 50 anos (período que pode ir aos 100 anos) que abrange uma extensão de 356 mil hectares nas regiões de Manica e da Zambézia. O projecto deverá permitir criar sete mil postos de trabalho.

Na sua visita a Portugal, em Julho de 2015, o Presidente da República, Filipe Nyusi, recomendou a Portucel, empresa portuguesa vocacionada ao fabrico e comercialização de papel, a prosseguir com as actividades inseridas no projecto para a implantação no país de uma fábrica de produção de pasta da celulose.

A fábrica de celulose, matéria-prima usada na produção de papel, deverá ser concluída até finais de 2023.

“Vimos encorajar o projecto porque faz parte do ciclo da governação a industrialização do país. Através do projecto, nas províncias de Zambézia e Manica, onde as terras foram disponibilizadas pretendemos a partir tanto da planta quanto da produção, promover o desenvolvimento e não pura e simplesmente a produção do papel”, explicou o presidente.

Na verdade, após a instalação da base florestal, a empresa irá construir até ao ano 2023 uma fábrica no país, para o processamento do eucalipto em pasta de papel, beneficiando a balança comercial, assim como contribuir para o desenvolvimento tanto industrial quanto agrícola.

O projecto florestal da Portucel Moçambique poderá criar sete mil postos de trabalho, constituindo, por conseguinte, um dos maiores negócios fora da indústria extractiva no país, até porque terá um impacto no crescimento do tecido empresarial e agrário das duas províncias, pois espera-se que crie um elevado número de postos de trabalho indirecto em empresas parceiras em solo moçambicano.
(AIM)
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FONTE: SAPO MZ AIM

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