sábado, 30 de abril de 2016

HWAWEI EM PRAGA CONFERENCIA EUROPEIA PARA DEBATER O FUTURO DA CLOUD E APRESENTAR SOLUÇÕES DA ÁREA ENTERPRISE BUSINESS

Financeira portuguesa mostra em Praga como usa sistemas de TI da Huawei para gerir negócio

29 de Abril de 2016, 12:33:18
O caso da Whitestar esteve em destaque na HCC 2016, a conferência da Huawei dedicada a soluções de TI e Cloud, onde Marco Toste, CTO da Whitestar Asset Solutions, mostrou como implementou um sistema de backup e Disaster Recovery no seu datacenter.
A experiência da financeira portuguesa foi uma das escolhidas internacionalmente para subir a palco da conferência europeia que reuniu por estes dias em Praga clientes e parceiros da Huawei para debater o futuro da Cloud e também para apresentar as soluções da área de Enterprise Business, onde a marca chinesa está a apostar fortemente
O caso da empresa já tinha estado em destaque noutros eventos internacionais da Huawei, tornando-se também uma bandeira para o escritório português da empresa e um exemplo do que pode ser alcançado nesta área.
A Whitestar é um fornecedor de serviços no mercado financeiro e gere cerca de 5 mil milhões de ativos, sendo a informação o seu principal ativo e no âmbito do seu plano de internacionalização traçou como meta o reforço da infraestrutura tecnológica.
“Em 2014 decidimos criar uma infraestrutura mais robusta para suportar a nossa internacionalização, e prepararmo-nos para a terceira plataforma, suportada em mobilidade, cloud service e Big Data”, explicou Marco Toste, que lembra que um dos desafios era criar uma private cloud, sem risco porque o principal ativo da empresa é a informação e a legislação financeira é muito rigorosa.
A Whitestar decidiu apostar nas soluções da Huawei para criar um sistema de backup redundante e Disaster Recovery para o seu datacenter, assente em tecnologia da Huawei e um centro de recuperação de desastre redundante que funciona como uma segunda camada de proteção. As aquisições passaram pelos servidores, storage e tecnologia de segurança, que foram usadas para suportar o crescimento da empresa e os dados pessoais e financeiros dos clientes.
Marco Toste admite que teve de enfrentar algum estigma e ideias feitas sobre comprar produtos de uma empresa chinesa, mas em todo o processo elogia o compromisso da Huawei e o esforço dedicado ao projeto, garantindo que esta é uma parceria de sucesso.
“Era fácil para nós escolher outros fabricantes, são conhecidos e trabalhámos com eles toda a vida, mas temos uma maneira diferente de ver as coisas na Whitestar e a ideia de divergir, fazer diferente, que ninguém estava à espera. E com o desafio à Huawei e com a implementação penso que atingimos o nosso objetivo”, explica o CTO da Whitestar Asset Solutions.
FONTE: SAPO MZ

CABO VERDE EXPORTAÇÕES AUMENTAM 31,9% NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2016

Exportações aumentam 31,9% no primeiro trimestre do ano

Praia - As exportações de Cabo Verde aumentaram 31,9% no primeiro trimestre do ano, enquanto as importações e as reexportações diminuíram 4,6% e 7,4%, respetivamente, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) cabo-verdiano.
Segundo os dados provisórios do comércio externo apurados pelo INE, no primeiro trimestre deste ano o défice da balança comercial diminuiu 7,7% e a taxa de cobertura aumentou em 3%, comparativamente ao período homólogo."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

TURISMO EM MOÇAMBIQUE VISTO PELO NEW YORK TIMES

O jornal The New York Times adora Moçambique. Sabe porquê?

Avanços nos direitos humanos, lugares de outro mundo e turismo a baixo custo

28/04/2016 | Fonte: © viajar.sapo.mz | João Pedro Lobato

Lusa | Nascer do Sol em Maputo
Moçambique é um dos países africanos mais elogiados pelo jornal norte-americano. Dos 52 lugares do mundo que o The New York Times recomenda que visitemos em 2016, Moçambique surge em sexto lugar. Avanços nos direitos humanos, uma capital fervilhante e praias de outro mundo. A isto junta-se o facto de ser um país muito barato para fazer turismo, pelo menos para os bolsos ocidentais, tal como testemunhou um dos seus jornalistas.

A capital do México, a cidade francesa de Bordéus, a ilha de Malta, assim como a Baía do Coral e o Parque Nacional Theodore Roosevelt, ambos nos Estados Unidos, são os únicos lugares do mundo à frente de Moçambique na lista dos melhores sítios a visitar em 2016, publicada no início do ano pelo icónico jornal.

O facto de em Julho de 2015 ter-se tornado uma das poucas nações africanas a descriminalizar a homossexualidade, no que foi considerado um grande avanço ao nível dos direitos humanos, abriu a porta aos turistas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros), que assim podem visitar este país sem medo de qualquer tipo de represálias por parte das autoridades, ao contrário do que sucede em muitos dos países da região. Nesse sentido, a capital Maputo é apontada como um lugar de tolerância.

Mas há mais. Em Março, o jornalista e escritor de viagens Seth Kugel, num dos habituais textos que escreve para o The New York Times (NYT), deu a conhecer o que descobriu ao fim de três dias e três noites na costeira Maputo. Um local que fervilha a música e cultura; antigos edifícios coloniais, aqui e acolá, que nos remetem para um era perdida; avenidas, apinhadas de pessoas, com o nome de famosos líderes mundiais que marcaram o período da independência (de Ho Chi Min a Mao Tse Tung, passando por Vladimir Lenine); mercados a céu aberto ou junto ao mar onde se vende comida e peças de arte artesanal; uma longa e sedutora costa que cobre o flanco da cidade; e peixe, muito peixe e marisco ao dispor de um simples estalar dos dedos.

Concentrado em gastar o menos possível, o principal receio de Seth Kugel estava nos preços inflacionados que iria encontrar (assunto que tanto tem dado que falar no país), provocados por uma economia em crescimento e um maior investimento estrangeiro. Na verdade, para um moçambicano alguns dos preços podem ser quase proibitivos, mas para alguém da Europa, Estados Unidos ou das potências asiáticas o único problema resume-se ao valor a pagar pelo alojamento: uma pensão para turistas, de aspecto simpático mas a milhas de ser luxuosa, poderá custar 70 dólares por noite (2240 meticais), por exemplo, mas os que preferem algo ainda mais barato poderão sempre encontrar um quarto por 15 dólares (480 meticais)… mas não esperem lençóis lavados todos os dias ou paredes de branco imaculado.

O melhor de Maputo? A sua gente, a possibilidade de travar uma rápida amizade com os moçambicanos mesmo que se seja um estrangeiro: as relações estabelecem-se de forma fácil, frisa Kugel.

Não é de agora o interesse do jornalista norte-americano por Moçambique. Em Fevereiro de 2014, igualmente para o NYT, Kugel descreveu a sua viagem de quatro dias ao longo da costa Sul do país, em busca de praias pequenas e vazias. Foi na vila de Tofo, perto da cidade de Inhambane, que se deu a rendição do escritor de viagens. O preço por uma estadia de luxo com vista para a praia? 62 dólares (cerca de 2000 meticais). Mas existe sempre a hipótese de pagar 20 dólares (640 meticais) pela estadia numa pensão espaçosa, estilosa e onde a privacidade está garantida.

Fã de marisco fresco? Como não poderia deixar de ser, o que não faltam são restaurantes onde ele é servido, com preços que rondam os 7 dólares (220 meticais). Nunca o paraíso pareceu tão acessível e barato para alguém vindo de fora de África."
FONTE: SAPO MZ

quinta-feira, 28 de abril de 2016

SUAZILÂNDIA E MOÇAMBIQUE: REI MSWATI III VISITA MOÇAMBIQUE


Rei da Suazilândia visita Moçambique a partir de quinta-feira

Maputo - O rei da Suazilândia, Mswati III, realiza, a partir de quinta-feira até domingo, uma visita de Estado a Moçambique, no âmbito do reforço das relações de amizade e cooperação, informou a Presidência moçambicana em comunicado enviado à Lusa.
A nota adianta que a deslocação do monarca suazi a Moçambique surge em resposta ao convite formulado pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e tem como objetivo avaliar, aprofundar e consolidar as relações históricas de amizade, solidariedade e cooperação existentes entre os dois países vizinhos." FONTE LUSA MOÇAMBIQUE.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

ROSA MOTA : RIO 2016, TRANSPORTA TOCHA OLIMPICA ENTRE MARATONA E ATENAS

Rio2016: Rosa Mota transporta tocha olímpica entre Maratona e Atenas

Atenas – A antiga atleta portuguesa Rosa Mota, medalha de ouro da maratona em Seul1988, transportou a tocha olímpica dos Jogos Rio2016 durante parte do percurso entre as cidades gregas de Maratona e Atenas.
A tocha olímpica foi acesa na quinta-feira, na antiga cidade de Olímpia, e chegou terça-feira à capital grega, onde Rosa Mota venceu a sua primeira maratona, precisamente, na prova que marcava a estreia na distância, nos Europeus de 1982."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

MACAU PRETENDE AUMENTAR O VALOR DAS TROCAS COMERCIAIS COM PAISES DE LINGUA PORTUGUESA EM 10% ATÉ 2020

 MACAU

Macau quer aumento de 10% nas trocas comerciais com países lusófonos até 2020

Macau - O Governo de Macau quer ver o valor total das trocas comerciais com os países de língua portuguesa subir 10% até 2020, em relação aos cerca de 66 milhões de euros registados em 2015.
Este é um objetivo estabelecido no primeiro Plano Quinquenal de Macau, que foi apresentando esta terça-feira mas que só será final após dois meses de consulta pública."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

CPLP DILI ACOLHE TERCEIRA REUNIÃO DE MINISTROS DO MAR DA CPLP EM MAIO

Díli acolhe em maio terceira reunião de ministros do Mar da CPLP

Díli - Os desafios e oportunidades do mar no espaço lusófono são o tema central da agenda da terceira reunião dos ministros dos Assuntos do Mar da CPLP, que decorre entre 15 e 19 de maio em Díli.
Os encontros arrancam no dia 15 de maio com um debate sobre o problema do lixo marinho e o lançamento da campanha "Praia Limpa, ambiente saudável" e continuam a 16 de maio com um seminário internacional e a inauguração da exposição "Projeto Montanha"."
FONTE: LUSA MOÇAMBIQUE.

terça-feira, 26 de abril de 2016

TRANSPORTE DE MERCADORIAS DO MALAWI TÊM ALTERNATIVAS VIA MOÇAMBIQUE A CUSTOS REDUZIDOS, APRESENTOU FILIPE JACINTO NYUSI PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

Nyusi diz que não é viável navegar Chire e apresenta alternativas a Malawi

Diplomacia

O Presidente da República,Filipe Nyusi, apresentou ontem, no Malawi, projectos moçambicanos alternativos vi­sando reduzir custos de trans­porte de mercadorias para aquele país sem acesso ao mar.
O facto ocorreu durante uma cimeira entre os Presidentes de Moçambique, Malawi e Zâm­bia, na qual abordaram ques­tões como a situação política em Moçambique e no Malawi e a problemática dos refugiados moçambicanos no Malawi.
A cimeira, que juntou Filipe Nyusi e seus homólogos do Ma­lawi, Peter Mutarika, e da Zâm­bia, Edgar Lungu, tinha como objectivo abordar “questões de interesse comum”, a maximiza­ção do uso de infra-estruturas de transporte e exploração de oportunidades de produção e distribuição de energia na Áfri­ca Austral.
Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»"
FONTE: JORNAL O PAIS DE MOÇAMBIQUE.

MARCELO REBELO DE SOUSA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE PORTUGAL VISTO PELA IMPRENSA DE MOÇAMBIQUE

PRESIDENTE DE PORTUGAL CONTRA INSTABILIDADE POLÍTICA

26-04-2016 

Lisboa, 26 Abr (AIM)- O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, desafiou os partidos de direita (PSD e CDS-PP), que querem eleições antecipadas, a alinhar, lembrando que, com eleições antecipadas ou sem elas, ele estará cá, para cumprir o mandato de cinco anos, disposto a puxar por um país mais exigente “na educação, na cultura, na língua, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na Europa, na coesão social e territorial”.

A CPLP, para além de Moçambique e Portugal, é igualmente integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

'O mandato presidencial é mais longo e mais sufragado do que os mandatos partidários (quatro anos). E não depende de eleições intercalares”. Com ou sem crises políticas, o Presidente estará cá para exigir “bom senso”, disse o Chefe de Estado no seu primeiro discurso por ocasião da passagem do 42º aniversário da revolução de 25 de Abril, assinalado esta segunda-feira.

O Presidente da República foi mesmo buscar o exemplo das famílias que se uniram para sair da crise para ilustrar o que espera dos políticos: “Sem negarmos a riqueza do confronto, unamo-nos no essencial”, defendendo um país “mais corajoso”. Que, na sua opinião, precisa como de pão para a boca de consensos sectoriais de regime (saúde, segurança social e justiça foram áreas referidas no discurso), “possivelmente com passos lentos mas profícuos”.

Depois de abraçar a esquerda com um “Bem hajam!” aos capitães de Abril (de 1974) que este ano voltaram ao Parlamento, Marcelo Rebelo de Sousa deu espaço à direita - “felizmente neste momento há dois caminhos bem diferenciados quanto à governação” -, mas avisou que é preciso 'trocar as emoções pelo bom senso' e deixar de “viver em campanha eleitoral”.

Se “temos um amplo acordo de objectivos nacionais e dois distintos modelos de governação. Quer isto dizer que vamos continuar em campanha eleitoral? Que os consensos sectoriais são impossíveis? Ou que a unidade essencial entre os portugueses é posta em causa pelos projectos políticos diferentes?”, eis as questões deixadas pelo Chefe de Estado no seu primeiro discurso num 25 de Abril. A sua resposta é “Não”. “O estimulante pluralismo político não impede consensos sectoriais de regime”.

A coligação PSD (Partido Social-Democrata)/CDS-PP, que vinha governando Portugal desde 2011, venceu as legislativas de 04 de Outubro 2015 mas sem maioria e foi derrubada pela maioria parlamentar (de esquerda) integrada pelo Partido Socialista (PS), Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português (PCP) e 'Os Verdes'.

O antigo Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, presidente do PSD e a nova líder do CDS-PP, Assunção Cristas, que substitui Paulo Portas, estão tudo a fazer para regressar ao poder.

INSTABILIDADE DESTRÓI A IMAGEM DO PAÍS

Só a estabilidade conseguirá colocar e manter Portugal nos “holofotes” mediáticos mundiais “de forma credível”. Quem o diz é o presidente do Conselho da Diáspora, Filipe de Botton, citado pelo 'Expresso' Online.

“Para um país que não tem imagem internacional — nem boa nem má —, a credibilidade global só pode ser conquistada pelo exemplo daquilo que fazem os portugueses mais notáveis que actualmente vivem e trabalham fora de Portugal. Já temos 84 pessoas geniais no Conselho da Diáspora que querem ajudar a conquistar uma excelente imagem portuguesa internacional. Estão todos colocados em posições cimeiras nos sectores das empresas, das artes, da ciência e da cidadania. Mas para que tenham sucesso na divulgação dessa imagem credível, o país precisa de ter estabilidade. Porque a instabilidade destrói qualquer imagem credível que queiramos transmitir”, diz Filipe de Botton.

“Sem estabilidade nunca criaremos uma imagem sólida e fiável e isso preocupa os membros do Conselho da Diáspora”, comenta.

Em articulação com a Presidência da República e com o Governo, a missão de Filipe de Botton e dos 84 membros notáveis que integram este organismo é, precisamente, “promover a imagem internacional de Portugal e criar condições para que o país se torne um mercado cada vez mais atractivo ao investimento estrangeiro”.

“Isso leva anos a construir, não se faz sem um eficiente sistema de educação, nem sem estabilidade no enquadramento fiscal e laboral”, adverte Filipe de Botton.

“Não diria que somos cata-ventos, porque seria agressivo, mas, infelizmente — e dentro das limitações que nos são impostas pela Europa —, tendemos a variar muito o nosso rumo, que é algo bastante pernicioso para o investimento estrangeiro”, comenta.

“O que um estrangeiro mais procura quando investe num país é estabilidade. Em Portugal, com alguma emoção, avançamos com acções que mudam tudo, sem medirmos as consequências no plano internacional, e isso preocupa-nos no Conselho da Diáspora”, diz. Por isso, considera “fundamental que os vários governos portugueses, de centro-direita ou de centro-esquerda, respeitem a ideia de que só com estabilidade é que conseguimos criar uma imagem que leve pessoas de várias origens geográficas a apostarem em Portugal”.

O Conselho da Diáspora — que nasceu de uma ideia do ex-presidente da Cisco, Diogo Vasconcelos, já falecido — já promoveu várias iniciativas que resultaram em investimentos relevantes para Portugal, como a decisão que o presidente executivo da IBM, Sam Palmisano, tomou depois de conhecer a realidade nacional: criou o Centro de Conhecimento da IBM em Portugal.

Uma das iniciativas mais recentes centra-se na área da saúde oncológica, que contou com o apoio de Ron de Pinho, responsável pelo maior centro de investigação oncológica a nível mundial, localizado em Houston, no Texas, Estados Unidos da América.

“Em oncologia, a prevenção permitirá poupar 3 mil milhões de Euros, e isso é relevante quando sabemos que um dos maiores especialistas mundiais neste sector é português”, diz Filipe de Botton.

Agora, o Conselho da Diáspora está a debater o tema do audiovisual em Portugal. Este trabalho está a ser desenvolvido por “três conselheiros, a Joana Vicente, que está em Nova Iorque, à frente da maior empresa de produção de audiovisual independente dos EUA, o Ricardo Pereira, actor na Globo, que tem vindo a estudar uma nova forma de fazer mais divulgação de teatro e cinema em Portugal, e Cristóvão Fonseca, produtor e realizador em França, com contactos europeus relevantes nesta área. Perguntam-me se isto vai levar a algum lado? Como o Conselho da Diáspora é totalmente inclusivo, os contributos adicionais devem ser considerados — por exemplo, seria excelente associar o Sam Mendes a esta iniciativa.

O Joaquim Almeida também tem ajudado, tal como a Ana Miranda, que trabalha em Nova Iorque. Todos aqueles que se têm vindo a associar fazem-no no intuito de ajudar Portugal”, refere.

“Ao Conselho da Diáspora cumpre a função de lançar debates e credibilizá-los. Se eles acontecem ou não, depende da vontade de nós todos, dos 10 milhões de portugueses que vivemos em Portugal, fazermos com que as coisas aconteçam”.
(AIM)
DM
(AIM)"
FONTE: SAPO MZ/ AIM

segunda-feira, 25 de abril de 2016

25 DE ABRIL DE 1974, A BEIRA, SOFALA, MOÇAMBIQUE E O 25 DE ABRIL 1974 EM PORTUGAL, HISTÓRIA.

A BEIRA E O 25 DE ABRIL

          Amanhã, 17 de Janeiro de 2004, decorrem trinta anos sobre os acontecimentos da cidade da Beira, Moçambique que  vieram a ser determinantes na viragem da página da História de Portugal, do seu regime político e, consequentemente, abrir caminho à descolonização. Como adiante se verá em quatro versões de autores e perspectivas diferentes, unânimes são, no entanto, quanto aos efeitos dos tumultos na cidade da Beira.
          Por coincidência, encontrava-me nesse dia na Beira, ainda como alferes miliciano, a prestar serviço militar em Tete. Tínhamos combinado um jantar familiar num dos restaurantes chineses, onde estaria o meu primo por afinidade, o então comandante  da 5ª Companhia de Comandos, capitão Luciano de Jesus Garcia Lopes, hoje oficial-general das Forças Armadas, daí a razão da minha presença, pois só terminaria o serviço militar a 15 de Fevereiro. A minha família estava de regresso a Portugal no avião dos TAM (Transportes Aéreos Militares),  voo esse que acabaria por trazer também de regresso o general Costa Gomes, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas que se tinha deslocado à Beira por razão daqueles conflitos. Claro que o jantar não se realizou.
         O então Capitão Garcia Lopes encontrava-se de férias com a família na messe de Oficiais da Beira, no Macúti. Sendo um oficial exemplar, sempre em operações no mato, segundo então me contou, ficou chocadíssimo, perplexo eincrédulo com os insultos ouvidos à sua pátria, à sua farda e à sua família efectuados por um milhar de pessoas que se juntaram, durante o fim da tarde e início da noite, junto da messe de Oficiais. A Policia de Segurança Pública foi impotente no sentido de evitar o apedrejamento aos militares e ao seu edifício, originando uma lesão com maior gravidade ao Capitão Garcia Lopes com a fractura da clavícula direita. Os cuidados médicos, pessoalmente pouco amistosos no hospital da Beira, tiveram de ser continuados ainda na então Lourenço Marques e posteriormente em Lisboa. As manifestações das referidas pessoas prolongaram-se durante a noite, só tendo terminado cerca da uma da manhã, com a intervenção das duas secções da Policia Militar sob o comando do capitão Garcia Lopes e após o abandono do local pela PSP, que se manifestou impotente para as dispersar, avançaram sobre as pessoas que atabalhoadamente fugiram do local.
            Para uma melhor compreensão e análise destes conflitos/tumultos ocorridos em Janeiro de 1974, na cidade da Beira e na Região Centro de Moçambique, permito-me recomendar a leitura das obras de Avelino Rodrigues, Cesário Borga e Mário Cardoso, “O Movimento dos Capitães e o 25 de Abril - 229 dias para derrubar o fascismo”, da Morais Editores, edição de 1974, pág.284 a 287,de Jorge Jardim, “Moçambique Terra Queimada”, da Editorial Intervenção, edição de 1976,   pág. 160 a 170, de Ricardo Saavedra, “Os Dias do Fim”, da Editorial Noticias, edição de 1995, pág. 18 a 20 e de David Martelo, “1974 Cessar - Fogo em  África”, Publicações Europa América, edição de 2001, pág. 42 a 45.
 Os autores Avelino Rodrigues, Cesário Borga e Mário Cardoso referem-se aos tumultos na Beira no Capítulo V “Raízes próximas do 25 de Abril”, no seu subtítulo “Spínola apoia os capitães contra os racistas de Moçambique”. Jorge Jardim  aborda os conflitos da Beira tendo como título ”Início do enfrentamento” e subtítulos “Tudo começou na Beira” e ”Planeando a descolonização”. Ricardo Saavedra, no prólogo da sua obra,ao falar da situação na Beira, È sob o título “A marcha dos centuriões”, sendo um dos três subtítulos para estes factos, cuja obra
o autor considera ficção. David Martelo insere a sua abordagem  ao assunto no  Capítulo I, “A situação militar em África nas vésperas do 25 de Abril”, no subtítulo “Situação moral”.
                 E a Beira de Moçambique vira a página da História em Portugal:
                 “Parece bem nítido, agora, que os acontecimentos da Beira (desencadeados sob a inspiração dos “democratas”) foram o “detonador” da acção revolucionária que explodiu em Abril”, Jorge Jardim.
                  “No Congresso do Porto, os centuriões obtiveram o rastilho para o Movimento dos capitães; nas manifestações da Beira, coesão para atiçar os nobres sentimentos da classe contra aqueles que os pretendiam transformar em bodes expiatórios”, Ricardo Saavedra.
                    “Não é necessário ser muito entendido em questões militares para compreender o efeito devastador produzido no moral das tropas pelos acontecimentos da Beira. Constituíram, de resto, um marco decisivo da caminhada para o 25 de Abril, relançando, no seio do Movimento dos capitães, a questão da guerra e permitindo sensibilizar oficiais até então renitentes em discutir os seus contornos políticos.”, David Martelo.



Augusto Macedo Pinto, Advogado, macedopinto@teledata.mz

Artigo de Opinião, publicado na pág. 13, na edição do Jornal de Noticias do Porto de 16 de Janeiro de 20
04.

MALÁRIA E A VACINA AO SEU COMBATE DESENVOLVIDA POR PORTUGAL NO INSTITUTO DE MEDICINA MOLECULAR, EM LISBOA, PODERÁ COMEÇAR A SER TESTADA EM 2017

Pode ser portuguesa a próxima 'arma' contra a malária

A potencial vacina para a malária em desenvolvimento no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, poderá começar a ser testada em humanos no início de 2017, afirmou o cientista que lidera o projeto de investigação.

© Lusa
PAÍS VACINAHÁ 22 HORASPOR LUSA Em entrevista telefónica à Lusa a propósito do Dia Mundial da Malária, que se assinala na segunda-feira, Miguel Prudêncio explicou que o projeto, a decorrer desde 2010 e apoiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, está também a ser apoiado pela Malaria Vaccine Initiative (MVI), entidade que a nível mundial coordena o desenvolvimento de vacinas contra a malária.
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"O nosso projeto entrou na esfera da MVI e agora temos estado a trabalhar com eles para preencher as lacunas que faltam para se poder ter os ensaios em humanos aprovados", disse Miguel Prudêncio, afirmando que o que está planeado é que as autorizações sejam concedidas no último trimestre deste ano.
Se isso acontecer, acrescentou, os ensaios clínicos em seres humanos podem arrancar no início de 2017.
"Todo o trabalho laboratorial está feito. Neste momento, estamos a fazer ensaios de segurança, para garantir que podemos avançar para seres humanos sem risco para os voluntários que vão participar no ensaio e, uma vez concluídos estes estudos, pensamos que vamos conseguir as autorizações para os ensaios no final deste ano", reiterou.
Em laboratório, explicou o investigador, a equipa demonstrou que a ideia na origem da criação desta vacina contra a malária pode de facto funcionar.
Embora cauteloso e sem se querer comprometer com uma taxa de sucesso, Miguel Prudêncio adiantou que os resultados laboratoriais apontam para uma proteção na ordem dos 90%.
"Se isto se vai verificar onde realmente interessa, que é nos seres humanos, ainda não podemos garantir", sublinhou.
A vacina consiste na modificação genética de parasitas que provocam malária em roedores, mas não em humanos, de forma a desencadear uma resposta do sistema imunitário humano.
A malária é uma doença que pode ser fatal, provocada por um parasita do género Plasmodium, transmitido pela picada de uma fêmea do mosquito Anopheles.
No entanto, existem vários tipos de Plasmodium, alguns dos quais não têm como hospedeiro os humanos, mas outros mamíferos, nomeadamente roedores.
O que a equipa de Miguel Prudêncio fez foi usar um destes parasitas e alterá-lo geneticamente de forma a inserir-lhe proteínas do parasita que infeta humanos.
"É como se estivéssemos a mascarar o parasita de roedores de parasita humano", explicou o cientista.
O objetivo é que este parasita de roedores mascarado, que é seguro para os humanos, provoque o sistema imunitário para responder contra a máscara, desencadeando assim uma resposta imunitária contra o parasita humano.
Atualmente não há qualquer vacina comercialmente disponível para a malária.
Existem mais de 20 potenciais vacinas em ensaios clínicos e a mais avançada candidata a vacina, da GlaxoSmithKline, contra o parasita mais perigoso para os humanos, o Plasmodium falciparum, já recebeu uma primeira aprovação da Organização Mundial de Saúde para iniciar estudos piloto.
"É um primeiro passo, mas não preenche os requisitos de uma vacina realmente eficaz contra a malária", sublinhou Miguel Prudêncio, recordando que a vacina em causa tem uma eficácia que ronda os 30%.
"O que é consensual é que é necessária uma vacina que proteja perto dos 100% e essa vacina ainda não existe", acrescentou o cientista.
Embora haja laboratórios em todo o mundo a desenvolver esforços no sentido de se desenvolver uma vacina mais eficaz, a complexidade do parasita tem sido um entrave.
"Não existe nenhuma vacina contra nenhuma doença parasitária e existem várias vacinas para doenças virais e bacterianas. O parasita é um organismo muito mais complexo, que tem muito mais mecanismos de iludir o sistema imunitário do hospedeiro", explicou o cientista."
FONTE: NOTICIAS AO MINUTO.

domingo, 24 de abril de 2016

BAN KI - moon SECRETÁRIO GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS VISITA PORTUGAL EM MAIO, A CONVITE DE MARCELO REBELO DE SOUSA, PRESIDENTE DA REPÚBLICA

8º Secretário-Geral da ONU Flag of the United Nations.svg
Período
SEGUNDO ANUNCIOU A ANTENA 1, O SECRETÁRIO GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS VISITA PORTUGAL, A CONVITE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MARCELO REBELO DE SOUSA.

Ban Ki-moon

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ban Ki-moon
반기문
潘基文
8º Secretário-Geral da ONU Flag of the United Nations.svg
Período
de 1 de janeiro de 2007 até presente
Antecessor(a)Kofi Annan
33º Ministro de Relações Exteriores e Comércio da Coreia do Sul
Períodode 17 de janeiro de 2004 até 10 de novembro de 2006
Antecessor(a)Yoon Young Kwan
Sucessor(a)Song Min-soon
Vida
Nascimento13 de junho de 1944 (71 anos)
EumseongChungcheong do NorteCoreia Japonesa
Nacionalidadesul-coreano
Dados pessoais
Alma materUniversidade Nacional de Seul(B.A.)
Universidade de Harvard (M.A.P.)
CônjugeYoo Soon-taek
Religiãonenhuma afiliação pública
AssinaturaAssinatura de Ban Ki-moon
Ban Ki-moon (Hanja; 13 de junho de 1944) é o oitavo e atual secretário-geral da Organização das Nações Unidas, tendo sucedido ao ganês Kofi Annan em 2007.[1] [2] [3] [4] Antes de se tornar secretário-geral, Ban era um diplomata de carreira noMinistério de Relações Exteriores e Comércio da Coreia do Sul e na ONU. Ele entrou no serviço diplomático no ano em que se formou na universidade, assumindo seu primeiro posto em Nova DeliÍndia. No Ministério das Relações Exteriores, ele estabeleceu uma reputação de modéstia e competência.
Ban foi Ministro do Exterior da Coreia do Sul de janeiro de 2004 a novembro de 2006. Em fevereiro de 2006, ele começou uma campanha para o cargo de Secretário-Geral. Inicialmente, Ban foi considerado um tiro no escuro para o cargo. Como ministro do exterior da Coreia do Sul, no entanto, ele estava disponível para viajar por todos os países membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma manobra que o transformou no principal concorrente.
Em 13 de outubro de 2006, ele foi eleito o oitavo Secretário-Geral pela Assembleia Geral das Nações Unidas e sucedeu Kofi Annan oficialmente em 1 de janeiro 2007. Ban conduziu inúmeras reformas importantes no tocante à manutenção da paz e à contratação de empregados na ONU. Diplomaticamente, Ban demonstrou opiniões particularmente fortes sobre o conflito de Darfur, onde ele ajudou a persuadir o presidente sudanês Omar al-Bashir a permitir que forças de paz entrassem no Sudão; e sobre o aquecimento global, pressionando repetidamente o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush sobre a questão. Ban tem recebido duras críticas do Escritório de Serviços de Supervisão Interna da ONU (ESSI), a unidade de auditoria interna da ONU, declarando que o secretariado, sob liderança de Ban, está "à deriva na irrelevância".[5]
Em 2011, Ban concorreu sem oposição para um segundo mandato como Secretário-Geral. Em 21 de junho de 2011, ele foi reeleito por unanimidade pela Assembleia Geral e, portanto, continuará no cargo até 31 de dezembro de 2016.[6] [7]FONTE: WIKIPÉDIA.

FILIPE JACINTO NYUSI PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE: DIPLOMACIA POLITICA E ECONÓMICA EM BRUXELAS, FONTE JORNAL DOMINGO

Diplomacia de Nyus

LABORATÓRIO PARA DETECTAR CASOS DE TUBERCULOSE ABRE EM MAPUTO NA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLAN$E

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) conta com um laboratório para detectar casos de tuberculose das amostras recebidas nos hospitais e centros de Saúde. Numa primeira fase, o projecto que é monitorado em coordenação com uma organização não-governamental, APOPO, está a ser implementado com algumas unidades sanitárias da cidade de Maputo, nomeadamente José Macamo, Polana-Caniço, Chamanculo, Albazine, 1.° de Junho, Malhangalene, 1.° de Maio, Maxaquene, Alto Maé, Porto, Xipamanine, assim como de Infulene, na cidade da Matola.
O laboratório funciona
desde o ano de 2013.
Durante este período
foram analisadas cerca
de 54.900 mil amostras
de tuberculose. No mesmo período
o projecto analisou cerca de 1867
amostras que eram dadas perdidas,
uma vez que os aparelhos
nas unidades sanitárias não conseguiam
revelar resultados adequados.
Só no ano passado foram avaliadas
cerca de 28 mil amostras.
A técnica usada para detectar
a doença nas amostras é feita através
de ratos treinados, espécie conhecida
por rato gigante africano.
A mesma que é usada nos serviços
de desminagem.
As amostras são recolhidas
nos hospitais a partir das 12.00
horas de cada dia, posteriormente
são levadas para o laboratório,
onde no mesmo dia são observados.
Do laboratório, os resultados
são de novo enviados para as unidades
sanitárias, de modo a que
nas primeiras horas de cada dia
o paciente obtenha a informação
sobre o seu estado.
A medida está a ajudar o
melhoramento das actividades
hospitalares, pois, num passado
recente, para fornecer os resultados
laboratoriais eram necessários
entre quatro e cinco dias,
facto que não se verifica com
este método de análise.
Um rato pode analisar entre
80 e 120 amostras num intervalo
de 10 minutos. A espécie tem um
sentido de olfacto muito desenvolvido
que consegue ser muito mais
sensível na detecção da doença
que a microscopia óptica, aparelho
usado nas diferentes unidades
sanitárias.
No processo de análise, as
amostras são colocadas numa
barra que tem 10 orifícios, sendo
uma em cada orifício. O rato, quando
cheira uma amostra que tem a
doença, fica parado com o nariz no
orifício durante 3 a 5 segundos.
Segundo dados facultados pelo
coordenador do projecto, Emílio
Valverde, neste momento o laboratório
conta com oito ratos. Cada
amostra é analisada por quatro
ratos.
Valverde disse que a técnica
ainda não foi reconhecida a nível
internacional. Para o efeito, depois
da análise feita pelos ratos, prossegue
uma outra através da microscopia
de fluorescência.
“Quando um rato detecta
a doença numa das amostras,
recebe uma recompensa em
comida. Achamos que desta
maneira conseguimos reforçar
continuamente o seu comportamento”,
disse.
Emílio Valverde acrescentou
que a instituição gasta cerca de
12 mil meticais por ano para o
sustento de cada rato. Os mesmos
são alimentados com banana,
amendoim, tomate, maça e ração
específica para animais.
Num outro desenvolvimento,
o nosso entrevistado referiu que
a sua Direcção está interessada
em expandir a técnica para outros
pontos do país. No entanto, ainda
paira dúvida no seio do grupo
sobre a quantidade das amostras
que podem ser encontradas nesses
sítios.
“Vamos continuar a trabalhar,
porque queremos expandir
o projecto para a cidade da
Beira e mais tarde para Quelimane
e Nampula, mas a questão
que se coloca é a logística,
como ter maior número de
amostras para o acto ter utilidade?”,
questionou a terminar
Emílio Valverde.
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE.

SONGO, VILA DO DISTRITO DE CAHORA BASSA , PROVINCIA DE TETE, VISITA A NÃO PERDER.

Songo é a localidade do distrito de Cahora Bassa, na província de Tete, que alberga a mais do que famosa barragem de Cahora Bassa. Trata-se de uma vila que faz uma interessante mixagem de invulgar paisagem com infraestruturas modernas e campesinas, restaurantes de tino apurado com barracas, e culinária internacional e tradicional.
Futebol, danças tradicionais, piscinas, pesca desportiva, turismo de negócio se entrelaçam nesta pequena vila de temperaturas amenas todo o ano.      
Os cerca de 30 mil habitantes da localidade de Songo têm a vida em órbita da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). Directa ou indirectamente. De dia ou de noite, algo os coloca em torno deste empreendimento que, por sua vez, agrega em si os mais variados títulos nacionais e internacionais. É um autêntico campeão.
Por exemplo, é a terceira maior barragem de África, depois de Katse, no Lesotho, e Assuão, no Egipto, possui a quarta maior albufeira do continente africano, é maior em volume de betão usado para a sua construção, entre outros títulos internacionais.
Cá dentro, ninguém discute quando a KPMG, que explora o ramo de auditoria, diz que a HCB é a maior empresa exportadora na categoria de mega projectos, que é a maior empresa de capitais privados no país e maior contribuinte de impostos, para além do galardão de maior produtor de electricidade no país.
Com estes e tantos outros predicados, a HCB funciona como um incontornável porto seguro para a população local que ali encontra oportunidades de emprego, educacionais e de formação técnico-profissional, sanitárias, de acesso à agua e energia eléctrica, e até mesmo de transporte grátis para vários destinos, incluindo de e para a cidade de Tete.
De igual modo, esta empresa é objecto de requisição permanente para visita de estudantes, profissionais, políticos e de turistas que “matam” a sua curiosidade com explicações que lhes são fornecidas pelo pessoal ligado à área de relações públicas.
Jorge Mantinosse faz parte dessa equipa de “explicadores” que às terças e quintas-feiras percorre o mesmo roteiro, presta informações sobre procedimentos de segurança individual e colectiva, responde às perguntas mais curiosas, divertidas e outras que provocam uma coceira na nuca antes de se elaborar uma resposta.
Foi este técnico que nos revelou que a época alta de visitas começa em Julho e se estende até Dezembro, quando a chuva começa a escaldar. Durante esse período, a média de turistas anda à volta de 5100 pessoas, “mas nos meses que se seguiram à reversão, em 2008, tivemos mais de 10 mil visitantes, o que constituiu um recorde”. Hoje, a média mensal é de 300 a 400 visitantes.
Mas, visitar Songo e conhecer-lhe as entranhas não é apenas realizar uma viagem. É, sobretudo experimentar sensações vão acompanhar o visitante pelo resto da vida. Daquelas que grudam na memória. Referimo-nos, por exemplo, à subida e descida da Maroeira ou a entrada da barragem, que se chama Caliote.
É que, Songo está localizada no cume de montanhas que estão a centenas de metros do nível médio das águas do mar, e o acesso só se faz “trepando” a Maroeira, que é uma elevação de curvas e contracurvas cinematográficas. Aliás, não basta ter Carta de Condução para se achar automobilista capaz de fazer aquele percurso. A adrenalina é alta. Mas, disso já falamos reiteradas vezes, assim como já referimos que só este trajecto é uma “bela fatia de um bolo” bem maior que se encontrará no topo da montanha.
PÉROLA QUASE PERFEITA
Depois da inebriante subida, se destapa o véu à vila de Songo que esbanja sossego. Na verdade, é dos lugares mais tranquilos que Moçambique possui. Ou melhor, é dos lugares mais sadios. Não há lixo nas esquinas. Não há engarrafamentos. Não há poluição sonora. Parece não haver nada. Mas há vida.
As ruas largas, os extensos separadores centrais das vias que possuem relva impecavelmente tratada, a ponto de fazer lembrar grandes estádios de futebol, os monumentos que se erguem nas praças. Tudo a convidar a vista ao deleite.
Espaçadas e bem alinhadas estão cerca de 70 casas que a actual administração da HCB construiu para os funcionários (e ainda decorrem algumas obras) e com as quais se pretende devolver a dignidade à vida dos técnicos ali afectos.
Para o gaudio das mulheres-mães, a HCB iniciou recentemente a construção de um infantário, que é uma das infraestruturas de que mais se queixavam pela sua inexistência. Também estão em curso obras na escola primária local.
Porém, toda esta modernidade é ainda flagelada pelo facto de grande parte dos 30 mil habitantes da vila viverem em encostas das montanhas ou em bairros onde os sinais de progresso emergem um pouco mais devagar. Há água e luz, aqui e acolá, mas faltam saltos na melhoria das habitações, por exemplo.
É aqui onde Songo perde parte da sua perfeição porque alguns residentes não escondem a sua ruralidade e deixam o gado, caprino sobretudo, vaguear tranquilamente pelas ruas. O bovino também aparece. O negócio de esquina é visível aqui e ali.
Apesar deste quadro, “temos recebido turistas britânicos, sul-africanos, norte-americanos, portugueses, brasileiros e alguns zimbabueanos, zambianos e malawianos”, disse Jorge Mantinosse.
Moçambicanos também fazem turismo para o Songo, “mas são poucos. Geralmente são estudantes e profissionais de áreas que tem alguma relação com os trabalhos da barragem e que submetem os pedidos com uma semana de antecedência e as visitas são gratuitas para todos. Nacios e estrangeiros”. E mesmo a propósito de estudantes, Mantinosse disse que a HCB promove excursões de alunos de quase todo o país.
PEQUENOS FURTOS E NADA MAIS
Bibiana Simone reside na vila de Songo desde 2001 e diz ter assistido às mudanças que ocorreram de lá a esta parte. Nestes últimos 15 anos, apreciou à mudança da mão-de-obra que deixou de ser maioritariamente estrangeira, para passar a ser completamente moçambicana. “Foi uma das melhores coisas que vi acontecer aqui”, disse.
Graças a esta e a tantas outras mudanças havidas, Bibiana não hesita em afirmar que “Songo é o melhor lugar para se viver em Moçambique”. Razões? Ela alinha sem pestanejar. “Tem uma melhor urbanização, boas e modernas infraestruturas, um clima muito bom. Mas, o que encanta mesmo é o ordenamento territorial. Aqui, cada coisa está no seu lugar”.
Também aprecia o facto de a HCB servir de motor da economia local e sempre haver alguém de fora a chegar para conhecer a barragem e outros tantos que afluem por causa dos jogos do Moçambola, onde Songo tem a União Desportiva do Songo que, este ano parece disposta a brigar pelo título.
Outro detalhe que salienta é a ordem e tranquilidade pública. “Há pequenos furtos e nada mais. Aqui não há assaltos à mão armada e toda aquela violência que se vê nos noticiários. Deixa-se o carro com as portas e janelas abertas. Anda-se à vontade de dia e de noite”, sublinha.
ENQUANTO ISSO…
Enquanto Bibiana Simone celebra a tranquilidade e os avanços sociais e económicos da vila, incluindo o facto de haver três bancos, Goodwin Nharuta, que é gestor do Ugezi Tiger Lodge, é um homem triste e cheio de lamentos. “O tipo de turismo que se desenvolve aqui na albufeira de Cahora Bassa, a pesca desportiva, está em agonia”.
O Ugezi Tiger Lodge é daquelas estâncias turísticas típicas. Feita no meio da floresta, junto à albufeira de Cahora Bassa. Afastada da vila. É mesmo lodge à moda antiga. Com a natureza a dar cobertura a ponto de só se perceber que se está no local, ao chegar ao estacionamento.
Segundo Goodwin, a partir de 2013 o número de turistas decaiu de forma tão acentuada que já lhe deixa desesperado. “Como podes ver, o lodge está vazio. Não temos nenhum hóspede”. E não tinha nenhum mesmo. Mas, porquê? Quisemos saber.
Penso que o problema reside na tensão político-militar. Os turistas estão atentos ao que se passa no nosso país e as notícias sobre ataques a civis ao longo das estradas nacionais desmotivam a todos. É penoso e somos obrigados a pensar no pior até que a situação se normalize”, disse com ar de desalento.   
Prova de que as coisas não vão nada bem naquela estância turística é que a ultima vez que facturaram 40 mil meticais, num final de semana, foi em Janeiro deste ano. Passam quase quatro meses. “Nós que fazíamos um mínimo de 250 mil meticais por mês, agora passamos dias às moscas. Os últimos turistas que cá estiveram saíram há dois dias e nem permaneceram por uma semana. Passaram por aqui”.
A aflição de Goodwin reside no facto daquela estância turística possuir 98 quartos que carecem de manutenção que só é possível com receitas, um efectivo de 26 trabalhadores que esperam pelos salários, entre outras despesas que se vão avolumando desde 2013, com um agravamento de 2015 a esta parte.
Os atractivos turísticos estão aqui. Temos um barco-casa que os turistas adoram usar, temos embarcações para passeios pela albufeira, a flora e a fauna continuam no mesmo local, mas com o conflito, ninguém se dispõe a disfrutar disto”, disse, enfatizando que muitos turistas, para além da pesca desportiva, pagam para se aproximar dos locais povoados por hipopótamos e crocodilos.
Outro factor que, segundo Goodwin, concorre para a baixa afluência de turistas naquela área, é que muitos sul-africanos, zimbabueanos, zambianos e malawianos, particularmente, já possuem casas próprias em redor da albufeira. “Isso faz com que os hotéis sejam relegados a segundo plano”.
A INVESTIR MESMO ASSIM
Só não nos foi possível apurar os valores envolvidos, mas o grupo Visabeira, dono do Girassol Songo Hotel, deu início a um conjunto de obras de ampliação desta unidade hoteleira, hoje com 14 quartos e que poderão passar a ser 51, catorze dos quais suites standard.
Segundo Carlos Monteiro, director da unidade de Songo, “não sentimos o impacto directo da tensão político-militar porque o nosso segmento de mercado está virado para o turismo de negócios e muito voltado para o nosso principal cliente aqui, que é a HCB”.
O que preocupa a Monteiro é o facto de haver indicações de que a construção da Central Norte da HCB está “em banho-maria”. “Isso, sim. Preocupa-nos porque mobilizamos fundos para investir contando com a demanda que daí poderia advir. Mas, acreditamos que haverá outras iniciativas de desenvolvimento que vão precisar da nossa prontidão”, disse.
Apesar de não assumir de forma aberta que as hostilidades militares em curso estão a prejudicar os negócios por ali, Monteiro aponta que existe o risco de um dia serem agravados alguns preços porque quase tudo o que se consome naquela estância é para ali levado por via terrestre a partir da capital do país, Maputo ou da África do Sul. “Sem podermos obter os produtos por essa via, as coisas se complicam”, concluiu.
Jorge Rungo
Fotos:Naíta Ussene"
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE.