terça-feira, 26 de abril de 2016

MARCELO REBELO DE SOUSA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE PORTUGAL VISTO PELA IMPRENSA DE MOÇAMBIQUE

PRESIDENTE DE PORTUGAL CONTRA INSTABILIDADE POLÍTICA

26-04-2016 

Lisboa, 26 Abr (AIM)- O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, desafiou os partidos de direita (PSD e CDS-PP), que querem eleições antecipadas, a alinhar, lembrando que, com eleições antecipadas ou sem elas, ele estará cá, para cumprir o mandato de cinco anos, disposto a puxar por um país mais exigente “na educação, na cultura, na língua, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na Europa, na coesão social e territorial”.

A CPLP, para além de Moçambique e Portugal, é igualmente integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

'O mandato presidencial é mais longo e mais sufragado do que os mandatos partidários (quatro anos). E não depende de eleições intercalares”. Com ou sem crises políticas, o Presidente estará cá para exigir “bom senso”, disse o Chefe de Estado no seu primeiro discurso por ocasião da passagem do 42º aniversário da revolução de 25 de Abril, assinalado esta segunda-feira.

O Presidente da República foi mesmo buscar o exemplo das famílias que se uniram para sair da crise para ilustrar o que espera dos políticos: “Sem negarmos a riqueza do confronto, unamo-nos no essencial”, defendendo um país “mais corajoso”. Que, na sua opinião, precisa como de pão para a boca de consensos sectoriais de regime (saúde, segurança social e justiça foram áreas referidas no discurso), “possivelmente com passos lentos mas profícuos”.

Depois de abraçar a esquerda com um “Bem hajam!” aos capitães de Abril (de 1974) que este ano voltaram ao Parlamento, Marcelo Rebelo de Sousa deu espaço à direita - “felizmente neste momento há dois caminhos bem diferenciados quanto à governação” -, mas avisou que é preciso 'trocar as emoções pelo bom senso' e deixar de “viver em campanha eleitoral”.

Se “temos um amplo acordo de objectivos nacionais e dois distintos modelos de governação. Quer isto dizer que vamos continuar em campanha eleitoral? Que os consensos sectoriais são impossíveis? Ou que a unidade essencial entre os portugueses é posta em causa pelos projectos políticos diferentes?”, eis as questões deixadas pelo Chefe de Estado no seu primeiro discurso num 25 de Abril. A sua resposta é “Não”. “O estimulante pluralismo político não impede consensos sectoriais de regime”.

A coligação PSD (Partido Social-Democrata)/CDS-PP, que vinha governando Portugal desde 2011, venceu as legislativas de 04 de Outubro 2015 mas sem maioria e foi derrubada pela maioria parlamentar (de esquerda) integrada pelo Partido Socialista (PS), Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português (PCP) e 'Os Verdes'.

O antigo Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, presidente do PSD e a nova líder do CDS-PP, Assunção Cristas, que substitui Paulo Portas, estão tudo a fazer para regressar ao poder.

INSTABILIDADE DESTRÓI A IMAGEM DO PAÍS

Só a estabilidade conseguirá colocar e manter Portugal nos “holofotes” mediáticos mundiais “de forma credível”. Quem o diz é o presidente do Conselho da Diáspora, Filipe de Botton, citado pelo 'Expresso' Online.

“Para um país que não tem imagem internacional — nem boa nem má —, a credibilidade global só pode ser conquistada pelo exemplo daquilo que fazem os portugueses mais notáveis que actualmente vivem e trabalham fora de Portugal. Já temos 84 pessoas geniais no Conselho da Diáspora que querem ajudar a conquistar uma excelente imagem portuguesa internacional. Estão todos colocados em posições cimeiras nos sectores das empresas, das artes, da ciência e da cidadania. Mas para que tenham sucesso na divulgação dessa imagem credível, o país precisa de ter estabilidade. Porque a instabilidade destrói qualquer imagem credível que queiramos transmitir”, diz Filipe de Botton.

“Sem estabilidade nunca criaremos uma imagem sólida e fiável e isso preocupa os membros do Conselho da Diáspora”, comenta.

Em articulação com a Presidência da República e com o Governo, a missão de Filipe de Botton e dos 84 membros notáveis que integram este organismo é, precisamente, “promover a imagem internacional de Portugal e criar condições para que o país se torne um mercado cada vez mais atractivo ao investimento estrangeiro”.

“Isso leva anos a construir, não se faz sem um eficiente sistema de educação, nem sem estabilidade no enquadramento fiscal e laboral”, adverte Filipe de Botton.

“Não diria que somos cata-ventos, porque seria agressivo, mas, infelizmente — e dentro das limitações que nos são impostas pela Europa —, tendemos a variar muito o nosso rumo, que é algo bastante pernicioso para o investimento estrangeiro”, comenta.

“O que um estrangeiro mais procura quando investe num país é estabilidade. Em Portugal, com alguma emoção, avançamos com acções que mudam tudo, sem medirmos as consequências no plano internacional, e isso preocupa-nos no Conselho da Diáspora”, diz. Por isso, considera “fundamental que os vários governos portugueses, de centro-direita ou de centro-esquerda, respeitem a ideia de que só com estabilidade é que conseguimos criar uma imagem que leve pessoas de várias origens geográficas a apostarem em Portugal”.

O Conselho da Diáspora — que nasceu de uma ideia do ex-presidente da Cisco, Diogo Vasconcelos, já falecido — já promoveu várias iniciativas que resultaram em investimentos relevantes para Portugal, como a decisão que o presidente executivo da IBM, Sam Palmisano, tomou depois de conhecer a realidade nacional: criou o Centro de Conhecimento da IBM em Portugal.

Uma das iniciativas mais recentes centra-se na área da saúde oncológica, que contou com o apoio de Ron de Pinho, responsável pelo maior centro de investigação oncológica a nível mundial, localizado em Houston, no Texas, Estados Unidos da América.

“Em oncologia, a prevenção permitirá poupar 3 mil milhões de Euros, e isso é relevante quando sabemos que um dos maiores especialistas mundiais neste sector é português”, diz Filipe de Botton.

Agora, o Conselho da Diáspora está a debater o tema do audiovisual em Portugal. Este trabalho está a ser desenvolvido por “três conselheiros, a Joana Vicente, que está em Nova Iorque, à frente da maior empresa de produção de audiovisual independente dos EUA, o Ricardo Pereira, actor na Globo, que tem vindo a estudar uma nova forma de fazer mais divulgação de teatro e cinema em Portugal, e Cristóvão Fonseca, produtor e realizador em França, com contactos europeus relevantes nesta área. Perguntam-me se isto vai levar a algum lado? Como o Conselho da Diáspora é totalmente inclusivo, os contributos adicionais devem ser considerados — por exemplo, seria excelente associar o Sam Mendes a esta iniciativa.

O Joaquim Almeida também tem ajudado, tal como a Ana Miranda, que trabalha em Nova Iorque. Todos aqueles que se têm vindo a associar fazem-no no intuito de ajudar Portugal”, refere.

“Ao Conselho da Diáspora cumpre a função de lançar debates e credibilizá-los. Se eles acontecem ou não, depende da vontade de nós todos, dos 10 milhões de portugueses que vivemos em Portugal, fazermos com que as coisas aconteçam”.
(AIM)
DM
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FONTE: SAPO MZ/ AIM

1 comentário:

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