sábado, 10 de setembro de 2016

CARLOS MESQUITA MINISTRO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES DE MOÇAMBIQUE RUBRICOU EM NOME DO GOVERNO OS ACORDOS ENTRE A VALE E A A CDN CORREDOR DO NORTE DE MOÇAMBIQUE A MEDIDA CONFERE MAIOR SEGURANÇA PARA OS PARCEIROS ENVOLVIDOS NO PROJECTO E ABRE ESPAÇO PARA A PARTIR DE 2018 SEREM MANUSEADAS NO TERMINAL DO PORTO DE NACA - A - VELHA, PROVINCIA DE NAMPULA 22 MILHÕES DE TONELADAS DE CARVÃO CONTRA AS ACTUAIS 9 MILHÕES

O Governo, a Vale Moçambique e a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique rubricaram ontem, em Maputo, adendas aos contratos de concessão do Corredor Logístico do Norte (CLN) e do Corredor de Desenvolvimento de Norte (CDN).
O objectivo é viabilizar os investimentos a serem feitos pelas concessionárias, num valor de mais de três mil milhões de dólares.
Em termos práticos, ao abrigo dos acordos rubricados a Vale passa a ter a exclusividade no processo de obtenção de financiamentos para garantir que as operações realizadas através da linha férrea entre as minas de carvão de Moatize, na província de Tete e o Porto de Nacala-a-Velha, em Nampula, sejam mais eficientes e tornem as mercadorias que usarem o trajecto internacionalmente competitivas.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, que rubricou os acordos em representação do Governo afirmou que a medida confere maior segurança para os parceiros envolvidos no projecto e abre espaço para que a partir de 2018 sejam manuseadas, a partir do Terminal do Porto de Naca-a-Velha 22 milhões de toneladas de carvão, contra os actuais 9 milhões.
“Este acordo ultrapassa até os interesses logísticos nacionais criando condições para que toda essa logística tenha impacto na região. Digo de modo particular para o Malawi que, de certo modo, tem uma relação de trabalho estratégica neste projecto. Esta é uma das várias opções que Moçambique continua a privilegiar para que a balança comercial do Malawi se posicione competitiva e que continue a usar os acessos que temos estado a criar para o escoamento das suas mercadorias”, disse.
Por seu turno, o presidente do conselho de administração da CDN/CLN, Renato Torres, afirmou estarem agora criadas as condições para que, através de um corredor baseado numa tecnologia moderna se coloque Moçambique e Malawi no mapa das grandes operações de granel.
“Vamos competir de igual para igual com países como a Austrália e Brasil como exportadores de primeira linha de ‘commodities’ (matérias-primas) minerais, no caso vertente, de carvão”, disse.
Questionado sobre as garantias de existência de financiamento para o projecto Renato Torres disse que se está a discutir em paralelo com o Governo as adendas que vão dar conforto aos investidores que garantirão os recursos financeiros.
“Esse assunto está numa fase adiantada e provavelmente será concluído nas próximas semanas para continuarmos os investimentos que estão a ser feitos no corredor”, afirmou."
FONTE: NOTICIAS, JORNAL DE MOÇAMBIQUE.

Sem comentários:

Enviar um comentário