domingo, 18 de dezembro de 2016

FMI EM MOÇAMBIQUE GESTÃO DA DÍVIDA PÚBLICA: Missão técnica do FMI satisfeita com progressos em Moçambique

GESTÃO DA DÍVIDA PÚBLICA: Missão técnica do FMI satisfeita com progressos em Moçambique

Uma equipa do corpo técnico do FMI, chefiada por Michel Lazare, visitou Moçambique de 1 a 12 de Dezembro de 2016 para avaliar os desenvolvimentos económicos recentes e discutir políticas de apoio à estabilidade macroeconómica. Segundo um comunicado de imprensa da organização, a missão iniciou também discussões sobre um novo programa económico que poderia ser apoiado pelo FMI.
A missão se reuniu com o Primeiro-Ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, a Procuradora Geral da República, Beatriz Buchili e altos quadros do governo, representantes do Parlamento, do sector privado e comunidade de doadores.
No final da missão, Michel Lazare, chefe da missão de FMI em Moçambique  emitiu a seguinte declaração: “Tem sem observado vários desenvolvimentos económicos positivos durante os últimos meses. A contenção da política monetária desde Outubro de 2016 resultou num reajustamento do mercado cambial com o metical a apreciar em cerca de 8 por cento em relação ao dólar desde final de Setembro, após uma depreciação de 40 por cento nos primeiros nove meses do ano”. Acrescentou que o défice da conta corrente da balança de pagamentos tem estado a diminuir rapidamente, aliado a uma queda acentuada nas importações e a exportações ligeiramente mais estáveis, apoiadas pelo aumento dos preços globais do carvão.
“Como resultado, apesar dos fluxos limitados de investimento directo estrangeiro e de financiamento dos doadores, o stock de reservas internacionais tem vindo a crescer ultimamente e deverá cobrir cerca de 3,5 meses de importações não relacionadas com mega-projectos no final de 2016”,apontou Michel Lazare.
Referiu, contudo que persistem desafios às perspectivas económicas. O crescimento decresceu em 2016 e é projectado agora em 3,4 por cento (de 6,6 porcento em 2015). A inflação, que deverá atingir um pico em breve, ainda está alta. A despesa acrescida com salários e remunerações tem pressionado a política fiscal, apesar de que o défice orçamental de 2016 deverá decrescer para cerca de 6 por cento do PIB em 2016, em linha com a lei orçamental revista adoptada pelo Parlamento em Julho de 2016."
FONTE: DOMINGO JORNAL DE MOÇAMBIQUE.

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